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HOME > notícias > CULTURA

Madonna é celebrada por fãs alagoanos, que aguardam show deste sábado (4)

Em solo brasileiro, rainha do pop fará maior show de toda a sua vida e encerra turnê que celebra 40 anos de carreira


				
					Madonna é celebrada por fãs alagoanos, que aguardam show deste sábado (4)
Rainha do pop tem 65 anos e celebra 40 anos de carreira com show histórico. MADONNAPHOTOS

Noiva oitentista, popstar feminista, agitadora cultural, revolucionária, rainha definitiva do pop. Todas as personas de Madonna evidenciam a trajetória de uma artista que trabalhou duro por seu legado e vê, ao celebrar 40 anos de carreira, que ele resiste e resistirá ao teste do tempo. No Brasil, para um megashow que ocorre neste sábado (4), em plena Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, a estrela de 65 anos ensaiou por oito horas durante a semana, trouxe uma estrutura que envolve mais de 200 pessoas e promete comandar a maior pista de dança do mundo, com mais de 1,5 milhão de pessoas na plateia da sua ‘Celebration Tour’. O espetáculo será transmitido ao vivo, logo após a novela Renascer, na TV Gazeta de Alagoas (TV Globo).

Após 12 anos, esta é a quarta passagem de Madonna para shows no Brasil. Ela já se apresentou no país com as turnês “The Girlie Show”, em 1993, “Sticky and sweet tour”, em 2008, e “MDNA”, em 2012. Desta vez, não se trata apenas de mais um show. A ‘The Celebration Tour’ é, provavelmente, a última turnê mundial da artista e será encerrada em solo brasileiro. A apresentação, com previsão para começar às 21h45, também será usada como registro oficial da turnê, sob o olhar atento do diretor sueco Jonas Åkerlund.

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Nascida em 1958, Madonna Louise Ciccone se tornou um dos maiores ícones da cultura pop mundial. Sua carreira musical, iniciada nos anos 1980, revolucionou a indústria com hits como “Like a Virgin” e “Material Girl”, desafiando tabus e empoderando mulheres.

Ao longo de mais de quatro décadas, Madonna reinventa-se constantemente, explorando diferentes estilos musicais e visuais, sempre com uma postura provocativa e engajada em causas sociais. Através de 14 álbuns de estúdio, turnês grandiosas e atuações em filmes, consolidou seu status de “Rainha do Pop”, influenciando gerações de artistas e impactando a sociedade como um todo.

Sua influência transcende a música, com empreendimentos em moda, cinema e filantropia. Madonna é um símbolo de rebeldia, autenticidade e ousadia, inspirando pessoas a serem fiéis a si mesmas e lutarem por seus sonhos.

Influência e inspiração: Madonna para todas as gerações


				
					Madonna é celebrada por fãs alagoanos, que aguardam show deste sábado (4)
MADONNAPHOTOS

Não se fala em outra coisa. Madonna Louise Ciccone, cantora, compositora, atriz e empresária norte-americana, é o assunto mais comentado nas redes sociais, mas também nas esquinas, praças e até botequins. O espetáculo televisionado da rainha do pop deve furar a bolha de fãs e gera expectativa até mesmo em quem não irá ao show.

Em Maceió, um condomínio no bairro Serraria liberou alguns moradores que pediram para instalar um projetor e caixas de som em uma das áreas de uso comum. Amigos e vizinhos resolveram assistir juntos ao maior ato do pop na história recente do Brasil — que é como eles mesmos definem a passagem da rainha pelo país.

“Sou fã da Madonna há mais de 15 anos, tenho ela como uma referência na minha vida pessoal, no que diz respeito à minha sexualidade, ao meu jeito de lutar pelas coisas. Ela foi uma importante fonte de inspiração para a minha coragem, até mesmo coragem para viver, para ser quem eu sou, para não permitir que o mundo ditasse como eu deveria me comportar, desejar, amar. Eu amo Madonna”, afirma Rodrigo Martins, de 33 anos, que ainda revela que uma das convidadas para a exibição do show no salão de festas é a mãe dele.

“Ela já vinha pra cá, vai ficar até o Dia das Mães. Nós tivemos momentos muito difíceis, porém, hoje, nossa relação é perfeita, é de suporte mútuo, de parceria, de mãe e filho mesmo, sabe? A Madonna é uma das coisas que temos em comum. Ela lembra do tempo dela e eu lembro do quanto a Madge me deu forças e alegria nos dias mais sombrios assim”, completa.


				
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O fashion designer alagoano Augusto Christoff. Cortesia

O fashion designer alagoano Augusto Christoff conta que sempre foi admirador da cultura pop. Mas foi aos 20 anos, quando ainda estava na faculdade, que a relação com a “queen” se transformou em algo ainda mais intenso. “Minha mente explodiu quando precisei fazer um seminário sobre Madonna, moda e imagem. Dissequei a carreira dela, percebi que muito do que entendemos como cultura pop, inclusive aqui no Brasil, foi criação da Madonna”, diz.

“Madonna é inteligência, tato e coragem. Ela sempre teve uma inteligência que transcendia a música, entendia que um artista pode ser plural e fez sua obra se estender a diversas mídias. Além de entender como a sociedade se comporta e se adaptar, estética ou musicalmente, ela nunca baixou a cabeça pra ninguém. Por isso, a expectativa para o show deste sábado é: história! É isso que veremos. A maior artista pop do planeta fazendo história no Brasil. E além de protestos políticos, posicionamento, vamos nos divertir muito”, afirma Christoff.

De Maceió para Copacabana


				
					Madonna é celebrada por fãs alagoanos, que aguardam show deste sábado (4)
Eduardo Feitosa, André Oliveira, Júlia Araújo, Reynald Lessa e José Anderson Palmeira viajaram ao RJ para o show da rainha do pop; amigos compraram roupas iguais para aproveitar o evento. Cortesia

Mas é claro que diversos fãs alagoanos se mobilizaram para ir ao show na Praia de Copacabana. Os amigos Eduardo Feitosa, André Oliveira, Júlia Araújo, Reynald Lessa e José Anderson Palmeira afirmam que, de alguma forma, Madonna sempre os uniu.

Eles defendem que a representatividade da popstar para a comunidade LGBTQIAPN+ e o fato de o espetáculo ser transmitido para todo o Brasil, além de ser gratuito para o público, são apenas evidências do carinho da rainha pelos fãs brasileiros e, principalmente, da ousadia da multiartista, que encerra sua turnê mundial em grande estilo. Eles compraram roupas iguais para aproveitar o show.

“Desde a infância lembro de ouvir falar sobre ela. Durante a adolescência, quando me identifiquei como pessoa LGBT+, comecei a pesquisar mais sobre a carreira e a admirar a ousadia da mesma, principalmente no quesito do ativismo social e quebra de paradigmas e expectativas que ela representa no mundo pop. Nossa conexão vem daí”, conta Eduardo Feitosa.


				
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Madonna no palco da 'Celebration Tour'. Kevin Mazur

“Nossa expectativa está altíssima. A Madonna é uma artista global. Imagina só, há 30 anos, ela veio pela primeira vez ao Brasil. Quantas pessoas ouviam e pensaram que nunca poderiam ir a um show. Hoje, independente de classe social, as pessoas do Rio de Janeiro têm a oportunidade de confraternizar com ela e ‘celebrar’ sua carreira. Isso é histórico”, continua o alagoano.

“Quando descobrimos que ela vinha não pensamos duas vezes. Até porque o anúncio foi feito tão em cima que não teve como pensar. Compramos roupinhas iguais para irmos em grupo no dia do show. A Madonna sempre nos uniu.”

Maratona de turnês


				
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Jornalista Luan Oliveira reviu as turnês da rainha do pop para aeleger a mais emblemática. Cortesia

Apesar de ter assistido a todas, a semana que precede o megashow da rainha do pop no Brasil foi de maratona para o jornalista Luan Oliveira. Ele reviu os principais shows da artista e espera um espetáculo memorável para encerrar esta - que pode ser a última turnê mundial da Madonna. O pesquisador cultural destaca a versatilidade da norte-americana, que passeou por diversos gêneros musicais ao longo dos anos e nunca desistiu de inovar.

“O legado e o impacto que a Madonna teve e tem se deve muito à atitude ousada dela, em todos os sentidos. Esses dias, por exemplo, vem viralizando momentos em que ela foi grossa em entrevistas, e o que muita gente não entende é o quão importante essa grosseria foi (risos). Se Madonna não se negasse a responder perguntas prontas pra popstars femininas e exigisse ser tratada como artista e levada a sério, ela seria só mais uma estrela pop que veio e se foi. É graças a insistência dela que hoje muitas mulheres não precisam ter a mesma atitude (mas ainda precisam, infelizmente)”, analisa Luan.


				
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MADONNAPHOTOS

“Se negar a seguir regras, puxar os limites, ousar. Madonna estourou como uma popstar comum, foi o que ela decidiu fazer com essa atenção depois, aproveitar o destaque que tinha para inaugurar novos caminhos e tendências, que mudou o mundo”, continua o jornalista.

Em relação ao show histórico deste sábado, Luan Oliveira afirma que a rainha tem a chance de furar a bolha de fãs e levar sua mensagem a cada vez mais pessoas, incluindo a homenagem aos que perderam a vida para o HIV.

“O Like A Prayer, álbum de 1990, vinha com uma cartilha explicando o que era HIV, a tratar os soropositivos como humanos e como se prevenir e usar uma camisinha. Isso numa época de pleno pânico moral e discriminação que foi o surto da AIDS. É esse tipo de trabalho, quase que de base, que a gente vai ver sendo feito neste sábado também. O espetáculo é lindo!”, destaca.

Turnê mais emblemática


				
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The Blond Ambition Tour. Reprodução

Após a prazerosa tarefa de rever os show da rainha do pop, Luan Oliveira crava: “A Blond Ambition Tour, de 1990, é a turnê mais emblemática da Madonna. Foi uma turnê que uniu teatro, dança e música de forma que apresentações musicais não costumavam fazer e que impactam a forma como o showbiz funciona até hoje. Também foi onde surgiram os looks mais icônicos dela, como corset com os cones desenhados pelo Gaultier e o rabo de cavalo loiro”, afirma.

“Pessoalmente, sou apaixonado pela Confessions Tour (você vai ouvir muito essa resposta dos fãs), é uma megaprodução, os vocais estão impecáveis e a Madonna está linda. Confessions On a Dance Floor, o álbum que a turnê divulga, é um clássico moderno. Confessions Tour tem mensagens muito poderosas e, até ela quebrar o próprio recorde, foi a turnê mais lucrativa para uma mulher na história”, finaliza.

“Todas as referências que tenho na vida eu devo a Madonna”


				
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Especialista em cultura pop, Adolfo Morais analisa a longevidade e impacto da artista. Cortesia

A cultura pop move o mundo. É isso o que defende o jornalista alagoano Adolfo Morais, que é especialista no assunto e em… Madonna. Antes mesmo da confirmação do show no Brasil, quando a vinda da rainha do pop era apenas um rumor e uma esperança, ele correu para garantir as passagens e deixar tudo certo para o seu primeiro show da Madonna. “No Brasil, gratuito, a maior pista de dança do mundo. Estou feliz, ansioso, empolgado, eufórico, pronto para fazer parte de um evento histórico”, garante.

Adolfo nasceu em 1990, ano em que Madonna rodava o mundo com a turnê que, afirma o especialista, mudaria para sempre a história da cultura e da música pop, a ‘Blond Ambition World Tour’. “Eu costumo dizer que Madonna me acompanha desde que nasci e isso foi potencializado por influência da minha tia, que colecionava discos, assistia aos especiais de fim de ano e ainda organizava shows de Madonna cover na escola onde ela estudava. Ou seja, a figura de Madonna me acompanha desde a infância”, revela.

“Fonte inesgotável de inspiração, eu segui a minha vida inteira pautada pela música e pela história de Madonna. A relação é tão forte que até o nome da primeira cachorrinha que tivemos na família foi em homenagem à rainha do pop. Madonna está presente em todas as áreas da minha vida: no trabalho, nos estudos, na religião, no dia a dia, na música, na literatura, na filosofia, na política, nas artes plásticas… todas as referências que tenho na vida eu devo a Madonna”, continua Morais.


				
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Adolfo Morais tem uma tatuagem em homenagem à influência da Madonna em sua trajetória. Cortesia

O jornalista explica que, quando se fala em Madonna, não se trata apenas dos números estratosféricos, mas também da relevância da estrela pop em diversas áreas além da música. Madonna fincou sua marca em frentes como política, moda, sexualidade, religião, marketing e filosofia. “É assim que as lendas nascem”, afirma.

“Madonna sempre tem a dizer sobre tudo, Madonna não se limita nem tem medo de ir contra tudo e todos. Madonna está sempre na vanguarda e não vive do passado. Nessas quatro décadas de carreira, Madonna não se cansou ou viveu como alguns dos ídolos de sua geração, que vivem dos hits do passado ou da imagem do que foram. Um exemplo recente foi o lançamento do clipe da música ‘Popular’, em parceria com o The Weeknd, direto e exclusivamente no jogo Fortnite. Madonna não segue tendências, ela cria tendências”, detalha. “Como a própria rainha do pop falou uma vez: a maior controvérsia da trajetória dela é permanecer. Ela é”.

40 MADONNAS EM UMA


				
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MADONNAPHOTOS

Ao celebrar 40 anos de carreira no Rio de Janeiro, em um espetáculo estratosférico ao qual muitos já se referem como o maior show musical do mundo, Madonna dá, mais uma vez, uma aula de reinvenção. Aos 65 anos, segue impactando a indústria musical e a cultura, atravessando fronteiras com sua arte. “O que faz de Madonna uma mulher icônica é que ela não abriu portas, ela escancarou. Madonna enfrentou os mais diversos preconceitos e elevou o nível das discussões de assuntos considerados proibidos. Madonna enfrentou a igreja católica, os políticos conservadores. Madonna luta contra a homofobia, transfobia, sorofobia, racismo, sexismo e o etarismo”, diz Adolfo.

Ele também esmiúça a presença de Madonna no progresso do debate sobre a vida sexual feminina, citando a era ‘Erótica’ (1992). “Até hoje, uma mulher é julgada por falar abertamente sobre o tema, sobre o prazer, coisas naturais da natureza humana. Anos depois, a cantora até soltaria em tom de deboche na ótima música ‘Human Nature’: ‘oops, eu não sabia que não podia falar sobre sexo.’ Ela não só pode como falou e revolucionou com o lançamento do livro ‘Sex’”, recorda o especialista.


				
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“Ainda no final dos anos 1980, começo dos anos 1990, nas eras ‘Like a Prayer’ e ‘Erótica’, no auge da epidemia HIV/AIDS, Madonna fez o papel que muitos médicos e políticos poderiam ter feito: o de falar abertamente sobre o tema como um alerta, sem julgamentos ou marginalizar as vítimas”, pontua.

“E, nos anos 2000, na era ’American Life’, Madonna criticou o estilo de vida dos EUA, que vivia em plena guerra, mas sempre intocáveis em seus luxos de país desenvolvido. Foi julgada de ser antiamericana. São 40 anos de muita importância para a história, não só da música como da história mundial”, finaliza Adolfo Morais.

COMO ASSISTIR

O show será transmitido pela TV Globo, Multishow e Globoplay – liberado para usuários logados, mas com acesso gratuito.

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