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Peritos travam guerra contra o tempo na identificação dos corpos no RS

Perícia faz mutirão para identificar corpos em tragédia no RS. Estados emprestam peritos para socorrer.


				
					Peritos travam guerra contra o tempo na identificação dos corpos no RS
Resgate. Reprodução

Peritos do Rio Grande do Sul lutam contra o tempo para identificar os corpos das vítimas da tragédia climática que assola o estado e não param de chegar. Um total de 78 mortos estão confirmados, sendo que 42 foram identificados até a noite de domingo (5/5).

A maioria das vítimas está sendo identificada pela impressão digital, mas, conforme o tempo passa, essa identificação se torna mais complexa e demorada. O contato do corpo com a água impede uma coleta rápida da impressão. Cento e cinco pessoas estão desaparecidas.

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“Esse exame é relativamente rápido na vítima que faleceu há pouco tempo, que não está degradada. Demora entre duas e três horas. Mas se a mão da vítima está mais enrugada por causa da umidade, tem que fazer um tratamento para melhorar a qualidade da impressão, o que acaba demorando de dois a três dias”, explica o diretor-geral do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul, Maiquel Luís Santos.

Uma maior demora para conseguir realizar a identificação significa mais tempo desses cadáveres nas unidades do instituto. Caso haja o acúmulo de vítimas sem identificação, poderá ser necessário uma alternativa para armazenar os corpos, como o uso de containeres refrigerados.

Mutirão para identificação

Diante de uma tragédia de proporções inéditas, todos os servidores do instituto foram convocados para fazer um verdadeiro mutirão de identificação. Cerca de 120 peritos estão atuando nas 10 regionais do estado para devolver os corpos das vítimas às famílias.

Por enquanto, a demanda está sendo atendida, mas há expectativa de aumento, com o encontro de mais corpos de pessoas que atualmente estão desaparecidas. Nesta semana, equipes de peritos do Paraná e de Santa Catarina serão enviadas para ajudar no mutirão de identificação.

“As equipes de resgate estão bastante focadas ainda em socorrer as vítimas. Conforme as vítimas vivas estiverem em segurança, também vamos começar o deslocamento de eventuais vítimas sem vida que forem aparecendo, na medida em que a água abaixar”, explica o diretor-geral do Instituto de Perícias. Mais de 20 mil pessoas ilhadas já foram resgatadas.

Estradas atrapalham logística

Maiquel Luís Santos viveu de perto as enchentes de setembro do ano passado, quando 54 morreram. Ele explica que a principal diferença agora é uma maior destruição das estradas e a disseminação das enchentes em diferentes regiões do estado.

A inundação de 2023 se concentrou em municípios do vale do Rio Taquari. Desta vez, 333 municípios estão em situação de calamidade pública.

“Na última enchente, nós não tivemos tanta destruição de estradas, principalmente artérias que ligam as regiões do estado. Desta vez atingiu muito as estradas, o que dificulta a nossa locomoção e comunicação terrestre com a capital”, explica o chefe do Instituto de Perícias.

Essa destruição de rodovias importantes dificulta o transporte de insumos, usados na identificação, e dos próprios corpos. Para se ter uma noção, uma viagem que antes durava uma hora e meia, chega a durar 10 horas por causa dos estragos nas rodovias.

Os peritos criminais utilizam protocolos de identificação de vítimas de desastre, recomendado pela Interpol. Parte dos servidores já realizou um treinamento específico da Polícia Federal para esse tipo de identificação.

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