Neste domingo a Record exibiu uma reportagem especial sobre os 30 anos da morte de Ayrton Senna, comandada por Roberto Cabrini. O repórter, que anunciou a morte do tricampeão mundial de Fórmula 1 no dia 1º de maio de 1994 após o GP de San Marino, reuniu personagens importantes do caso, além de viajar para o Autódromo Enzo e Dino Ferrari, na Itália, e Londres.
Um dos entrevistados foi Galvão Bueno, que narrou aquela corrida ao lado de Reginaldo Leme, contando com os serviços do próprio Cabrini na reportagem.
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Entre os tópicos abordados, a emoção do narrador ao rever as imagens da batida fatal:
“Senna morreu no sofá da casa das pessoas que estavam assistindo a corrida”, disse Galvão. “É sempre muito difícil ver isso. Mexe muito comigo. Mas eu juro que eu tinha certeza de que ele sairia do carro.”
Outra parte importante da reportagem que conta com a participação do narrador é do encontro que teve com Frank Williams na véspera da corrida.
“A Betise (Assumpção, ex-assessora de imprensa de Senna) me chamou e disse que o Frank Williams queria falar comigo.”
“‘Mr. Williams, estou aqui’”, continuou Galvão. “‘Quero te fazer uma pergunta: você acha que ele vem correr amanhã?’”, relatou a pergunta do fundador da equipe. “‘Eu disse: Mr. Williams, para mim é uma surpresa o senhor me perguntar isso, mostra que o senhor não conhece o Ayrton. Ele vem e vai ganhar.”
Vale lembrar que o fim de semana em Ímola, até aquele momento, não estava calmo. Na sexta-feira, 29 de abril, Rubens Barrichello havia batido forte durante os treinos, sendo levado ao hospital. No dia seguinte, Roland Ratzenberger morreu após acidente e havia a incerteza dos pilotos quanto à segurança da pista, podendo levar à incerteza da participação dos pilotos.