Difundida hoje principalmente pelas redes sociais e plataformas de streaming, a cultura sul-coreana nunca foi tão falada e comentada mundo afora. Este movimento ganhou até um nome: “Hallyu”, que se refere à onda de crescimento exponencial, divulgação e “exportação” de atividades e produtos da cultura pop coreana, sejam eles filmes, músicas, jogos ou gastronomia – o Brasil é parte ativa deste movimento.
Quem nunca ouviu falar sobre K-pop, o estilo musical pop coreano que tanto faz sucesso entre os jovens? E sobre os K-dramas, que são as séries que estão dominando grande parte da audiência no streaming atualmente? Sem falar no Soju, a bebida coreana que ganhou espaço nas rodas de amigos e negócios, além dos pratos tipicamente do país.
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Pois o que parece moda aqui no Brasil, na verdade, percorreu um caminho de seis décadas para alcançar os patamares de hoje. A internet deu um empurrãozinho para essas “novas atividades”, é claro, mas a relação entre Brasil e Coreia do Sul não é de hoje e não se resume apenas ao “Hallyu”.
A presença de uma comunidade coletivamente forte que trabalhou duro e esperou bons anos para ser reconhecida positivamente por aqui teve papel fundamental na raiz e nesta grande trajetória, que teve seus desdobramentos modernos mais tarde.
“Quando os coreanos começaram a vir para o cá, muitos brasileiros não aceitavam. Havia discriminação por muitos não falarem português – uma língua super difícil de aprender. Muitas pessoas falavam para voltarmos para a nossa terra por conta das diferenças culturais, que eram muito grandes. Então, uma Associação foi criada com o intuito de promover a socialização destes imigrantes e tornar-se uma grande rede de apoio para eles. Hoje, o cenário mudou e nosso papel não é trabalhar só internamente, mas sim promovendo nossa cultura e sendo ponte entre as sociedades”, ressalta Bruno Kim, presidente da Associação Brasileira de Coreanos que chegou ao Brasil com apenas 7 anos. Ele é casado com uma sul-coreana, mas seus dois filhos nasceram no Brasil.
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