O secretário de Governo de Alagoas, Vítor Pereira, vez por outra se torna alvo de reclamações de colegas do secretariado e até de políticos com mandato que fazem parte da base. É parte da ‘missão’. Com atuação ‘técnica’, Vítor é frequentemente encarregado de negar, de dizer não.

Ele ouve muitos pedidos que não foram feitos ou combinados com Paulo Dantas. Geralmente, leva as demandas ao governador, mas quando existem ‘exageros’, se encarrega de antecipar a posição de que não será possível atender àquela demanda. Pereira, anote, age sempre alinhado com o ‘chefe’.

Não faz nada que o governador não tenha conhecimento. Mas às vezes fica com a posição de ouvir pedidos que muitos não têm coragem de apresentar diretamente ao governador - e negá-los.

O embate mais recente com o vereador Kelmann Vieira, tornado público nas redes sociais, pode ser um reflexo do estilo ‘direto’ de Pereira. No sábado, Kelmann declarou ‘guerra’ ao ‘primeiro-ministro’ Vitor. Pereira evitou “botar lenha na fogueira” e nesta segunda-feira, a situação já estava mais calma. Mas os estragos já foram feitos.

E tudo indica que Kelmann e Vitor, apesar das críticas, vão continuar convivendo no mesmo grupo. Mas essa é outra história.

A candidatura majoritária do PT em Maceió será decidida em Brasília. O presidente do PT em Alagoas e pré-candidato a prefeito de Maceió, Ricardo Barbosa, mantém uma agenda intensa para consolidar seu nome na pré-campanha.

Esta semana, recebeu apoio de alguns nomes importantes, começando pelos deputados federais Paulão (PT) e estadual Ronaldo Medeiros (PT), além de lideranças sindicais.

A candidatura de Barbosa é vista dentro do PT como parte de um projeto estratégico para 2026: o lançamento de Paulão como candidato ao Senado.

Independentemente de objetivos eleitorais futuros ou do peso dos apoios que recebe, Barbosa terá dois desafios pela frente para transformar sua pré-candidatura em candidatura nas convenções: a aliança com o governo de Paulo Dantas e a posição da direção nacional do partido.

Paulo Dantas definiu apoio ao pré-candidato do MDB, Rafael Brito, e já avisou a seus principais assessores e aliados que vai trabalhar para unificar as candidaturas de oposição em Maceió.

O PT tem duas secretarias no governo do Estado, além de cargos no segundo escalão, e terá que definir com o governador se o lançamento de um nome próprio na capital não afeta a aliança estadual.

Por regra, Dantas dá espaço para os aliados, mas se houver um fechamento de questão em torno do nome do MDB, o PT será chamado pelo governador para o entendimento.

O problema maior para a consolidação do nome de Ricardo Barbosa está em Brasília. A regra no PT é que as candidaturas em cidades com 100 mil eleitores ou mais serão decididas pelo diretório nacional do partido.

A direção do PT já definiu como prioritárias candidaturas de prefeito em 13 capitais – e a de Maceió não está entre elas. A manutenção do nome de Barbosa é possível, mas terá de passar pelo crivo em Brasília, lugar onde o MDB de Alagoas tem muito trânsito e influência.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou uma agenda de dois dias em Alagoas. Lula deverá compartilhar o “palco” com diversas lideranças políticas no estado, incluindo adversários históricos. O ápice da ‘união de forças’ deve ocorrer na inauguração conjunta do Parque da Lagoa, na orla da Lagoa Mundau.

A visita ocorre em um momento de tensão política em Alagoas, marcada pela divisão entre dois de seus principais líderes, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o senador Renan Calheiros.

Espera-se que Lula seja acompanhado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, pelo governador Paulo Dantas e pelo prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC). A cerimônia também contará com a presença de vários ministros, incluindo o Ministro dos Transportes e ex-governador de Alagoas, Renan Filho, e o Ministro das Cidades, Jader Filho.

Além disso, parlamentares federais alinhados com o presidente Lula em Alagoas, como os deputados federais Paulão (PT), Isnaldo Bulhões e Rafael Brito (MDB), Luciano Amaral (PV) e Daniel Barbosa, e os senadores Renan Calheiros e Fernando Farias (MDB), também devem participar do evento.

O senador Rodrigo Cunha (Podemos), da ala independente, também pode participar. Já os deputados federais de oposição (Alfredo Gaspar (União), Marx Beltrão e Fábio Costa (PP)) não devem ir ao evento.

Há uma incerteza quanto à presença do prefeito João Henrique Caldas. JHC, filiado ao PL, tem cultivado um eleitorado conservador, de direita. Recentemente, ele recebeu em Maceió o ex-presidente Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Subir no palanque com Lula pode trazer riscos para o atual prefeito junto ao seu eleitorado mais conservador ou bolsonarista.

A visita do presidente Lula a Alagoas está confirmada, com uma agenda de dois dias no estado, começando pelo sertão até a capital. O Palácio República dos Palmares confirmou que o presidente participará da cerimônia de assinatura da Ordem de Serviço referente à 5ª etapa do Canal do Sertão, em São José da Tapera, no dia 9.

No dia seguinte, Lula participa da inauguração de um conjunto habitacional na orla lagunar, com a entrega prevista de aproximadamente 900 apartamentos do Programa Minha Casa Minha Vida, na Lagoa Mundaú.

Os eventos estão agendados para:

- Dia 9/5*: Às 15/16h em São José da Tapera, assinatura da Ordem de Serviço referente à 5ª etapa do Canal do Sertão.

- Dia 10/5*: Às 10h, entrega de aproximadamente 900 unidades habitacionais referentes ao Programa Minha Casa Minha Vida, na Vila Mundau.

Além disso, está prevista a inclusão de uma nova Ordem de Serviço para o Hospital Metropolitano de Arapiraca.

Aproveitei o primeiro de maio para atualizar os números do mercado de Trabalho em Alagoas. São mais de 150 mil empregos formais no sdrviço público (dados de 2019).

Já no setor privado, com base no novo CAGED dá para ter uma ideia de como anda o mercado de trabalho em Alagoas, a partir de dados de março de 2024.

São mais de 434.000 postos de trabalho com carteira assinada em Alagoas, a maioria no setor de serviços, seguidos do comércio, indústria, construção civil e Agropecuária.

O setor que lidera no "estoque" de empregos é o de serviços, com 219 vagas, seguido do comércio, com 100 mil, indústria com 68 mil, construção 31 mil e agropecuária 14 mil (veja tabela).

Veja a análise no vídeo:

Rio Largo, tem a terceira maior cidade de Alagoas e também o terceiro maior colégio eleitoral. Na posição atualizada, são 66.392 eleitores 8.968 ou 15,6% a mais do que o total de votantes (57.424) em igual período de 2020.

O crescimento no número de candidatos a prefeito deve ser ainda maior que o eleitorado. Nas eleições de 2020, disputaram a prefeitura três candidatos: Gilberto Gonçalves, Pedro Victor e Samêa Mascarenhas.

Neste ano, provavelmente serão quatro, podendo chegar a cinco candidatos. O nome do grupo do prefeito Gilberto Gonçalves é o sobrinho dele, Carlos Gonçalves (PP). Na oposição, estão sendo definidos os nomes do empresário Pedro Victor (MDB), Izabelle Lins (PDT), Romildo Calheiros (PL) e Silvânio Vieira (PT).

Rio Largo não tem segundo turno e, tudo indica, que a divisão da oposição tende a beneficiar o grupo do atual prefeito, o GG. No momento, segundo vários analistas, Carlos Gonçalves seria o favorito, em função do uso da “máquina” da prefeitura.

Apesar disso, Izabelle, mulher do ex-prefeito de Rio Largo Toninho Lins (ele desistiu da disputa e a lançou) liderou enquete realizada pelo blog do Edivaldo Junior no começo da semana.

A enquete começou muito apertada, sendo liderada por Pedro Victor com 36% e tendo Carlos Gonçalves em segundo com 34% nas primeiras doze horas. Na sequência, Izabelle conseguiu uma “virada”, que aponta para sua capacidade de mobilização digital. Na enquete, diferente da pesquisa tem critério científico, o voto é livre, voluntário e pode ser “mobilizado”.

A “virada” de Izabelle não chega a ser surpreendente. De longe ela tem o maior número de seguidores entre políticos de Rio Largo. São 138 mil seguidores. O atual prefeito, GG tem 57 mil, Toninho Lins tem 45 mil, deputada estadual Gabi Gonçalves tem 38 mil, Pedro Victor tem 14 mil e Carlos Gonçalves 8 mil seguidores.

O blog perguntou: “Considerando estes prováveis candidatos, quem você acha que vencem a eleição em Marechal Deodoro”? O resultado foi o seguinte: Romildo Calheiros, 4%; Carlos Gonçalves 17%, Pedro Victor 23% e Izabelle Lins, 56%.

Será que este cenário se manterá assim até 6 de outubro? Agora é conferir.

Quando se trata da oposição as estratégias para as eleições de 2024 mudam de município para município em Alagoas.

Em algumas poucas cidades os candidatos de oposição estão conseguindo conversar em função de uma proposta de unificação - caso de Delmiro Gouveia. Mas, na maioria, dos candidatos da oposição não consegue estabelecer o diálogo e tudo indica que a divisão tende a beneficiar prefeitos que são candidatos à reeleição ou os candidatos apoiados pelos atuais prefeitos.

Em política e sociologia, dividir para conquistar (ou dividir para reinar) consiste em ganhar o controle de um lugar por meio da fragmentação das maiores concentrações de poder, impedindo que se mantenham individualmente. O conceito refere-se a uma estratégia que tenta romper as estruturas de poder existentes e não deixar que grupos menores se juntem.

Por regra, numa eleição a 'divisão' de opositotes sempre beneficia o poder. Mas toda regra tem exceção.

Veja a nálise no vídeo:

Durante uma missão nos Estados Unidos, a convite do Congresso Americano, o deputado federal Rafael Brito participou de uma reunião com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ilan Goldfan. No encontro, ele solicitou que o BID visite Maceió para estudar soluções que possam ajudar as vítimas do crime ambiental da Braskem.

Na reunião, Rafael Brito abordou o drama que atingiu milhares de famílias, descrevendo-o como a maior movimentação de pessoas em áreas urbanas da história.

"Hoje, temos 15% da área urbana de Maceió evacuada, o que representa a maior movimentação de seres humanos da história da humanidade fora de períodos de guerra. Estou falando de Maceió, não de qualquer outra cidade. Foram 60 mil pessoas deslocadas de suas residências para qualquer outro canto, devido à mineração de sal-gema em área urbana", destacou.

Nas redes sociais, o deputado federal informou que solicitou a vinda de uma missão do BID a Maceió. "Levei ao presidente do BID, Ilan Goldfan, o caso Braskem, em Maceió! Pedi ao banco, que já ajudou muito a nossa cidade no passado, que nos visite, para que possamos propor soluções de mobilidade urbana e habitação para as vítimas do crime que a mineradora cometeu em nossa cidade!", afirmou.