Tradição há 20 anos, o Réveillon no distrito de Bonfim de Feira, na região de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, teve "enterro" do ano velho com direito com caixão, defunto e muita festa. Antes da celebração inusitada, uma missa foi celebrada na Paróquia Senhor do Bonfim. Os fiéis louvaram, rezaram e aproveitaram para pedir um ano novo cheio de realizações
?Espero que 2016 seja bem melhor, mas tenho que agradecer que estou viva?, disse a aposentada Maria Jussara Moreira. Após a missa, como de costume no distrito, moradores da cidade seguiram para o "enterro" do ano. Na cerimônia, as pessoas pegam um boneco, coloca dentro de um caixão e saem pelas ruas da cidade na maior festa.
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Depois, o boneco é substituído por um homem, que é o grande homenageado da noite. De acordo com a organização da celebração, tem até fila de espara para ser morto por um dia durante o "enterro" do ano. Adailton Brito foi o escolhido da noite e falou da sensação em deitar em um caixão. ?É normal, como se estivesse deitado em uma cama, uma rede. Normal mesmo, juro?, contou.
Já com o homenageado, o caixão com o "defunto" vai para porta da igreja receber a bênção. Antes de queimar o caixão para marcar o "enterro", o boneco é colocado de volta no caixão para ser queimado junto com os fogos. ?Um conterrâneo fazia essa brincadeira, mas o caixão era vazio e logo depois que ateava fogo, acabava a festa. E eu fiz essa brincadeira e me coloquei no caixão?, revelou o organizador Gilmário Silva. ?Achei bem diferente, foi a primeira vez que eu vim, legal demais?, disse Kelvin Brito, estudante.