O Flamengo tenta minimizar os efeitos dos desfalques inevitáveis nas convocações de Guerrero, pela seleção peruana, e Cuéllar, na colombiana. Os dois viajam para se apresentar às suas seleções após o Fla-Flu de domingo, em São Paulo, e já mobilizam o Rubro-Negro para o outro clássico - com o Vasco pela quarta rodada do Campeonato Carioca, no dia 30.
Um documento do departamento de futebol rubro-negro vai pedir permissão à CBF e às federações peruana e colombiana para que os atletas tenham chance de jogar em dois dias consecutivos. Guerrero atua pelo Peru contra o Uruguai, e Cuéllar, diante do Equador, na noite do dia 29 - próxima terça-feira.
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O artigo 25 do Regulamento Geral de Competições da CBF prevê que nem clube e nem atletas profissionais possam fazer duas partidas em intervalo inferior a 60 horas entre um jogo e outro - este período de "descanso", por sinal, vem caindo, pois já foi de 72 horas e diminuiu para 66 horas anteriormente. Pela exceção, é necessário autorização médica e, claro, a concordância dos atletas.

O caso de Cuéllar poderia ser mais simples. Afinal, o colombiano deve ficar no banco. Nos quatro jogos das eliminatórias sul-americanas foi convocado para dois jogos e só ficou entre os reservas numa das partidas. Porém, a distância de retorno é maior. O jogo contra o Equador está marcado para Barranquila, na Colômbia - mais de 4 mil km distantes do Distrito Federal. Para efeito de comparação, é quase o dobro da distância de Montevidéu para Brasília.
Com rotina de viagens constantes, o Flamengo vai avaliar os riscos de escalar a dupla contra o Vasco. Mas de antemão se resguarda para o caso de a dupla ter condições de jogo contra o rival. Se serve de consolo, o clube cruz-maltino tem caso semelhante do seu lado para contar com Martín Silva - o goleiro uruguaio é reserva na seleção de seu país e também vai se deslocar para ter chance de atuar no clássico em Brasília.