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Regis defende reação de maceioenses para mudar realidade social da capital

Pré-candidato à prefeito de Maceió diz que prioridade será o saneamento básico

Maceió deve ter até oito candidatos a prefeito nas eleições de outubro deste ano. Além de Cícero Almeida (PMDB), Rui Palmeira (PSDB), Paulão (PT), JHC (PSDB) e Paulo Memória, o ex-secretário de estado e presidente do Partido Popular Socialista (PPS) em Alagoas, Regis Cavalcante, também deve concorrer ao cargo. No governo interino do presidente Michel Temer, o PPS de Regis ficou com o Ministério da Defesa, garantindo, assim, espaço e musculatura nas composições políticas em todo o Brasil. Regis já foi candidato a prefeito de Maceió e chegou a ir para o segundo turno. Diante da realidade que a capital se encontra, ele defende uma administração inclusiva, transparente e eficiente. Regis argumenta que a mudança de cenário só terá início com uma forte reação da sociedade. Para ele, o ex-prefeito e deputado federal Cícero Almeida e o prefeito Rui Palmeira "apresentam mais do mesmo" dentro de um contexto de problemas históricos. Crítico da gestão de Palmeira, Regis avalia que o tucano chega ao fim do mandato e vai para reeleição sem que se possa reconhecer nenhum projeto efetivo de futuro para a capital do estado. Ele também faz uma avaliação dos problemas da administração pública brasileira e analisa o novo momento do país. 

- De que maneira o PPS vai se comportar nas eleições municipais deste ano em Maceió? E nas outras cidades do estado? Há alguma projeção no número de vereadores e prefeitos que podem ser eleitos?

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Regis - O PPS vai se comportar como sempre fez, participando das questões do Poder Local e participando ativamente das discussões sobre a administração das cidades, seja de forma direta, apresentando candidaturas majoritárias, ou compondo chapas. E por meio de nominatas de candidatos à vereança, materializando nossos compromissos com uma governança inclusiva, transparente e eficiente.

No que respeita a nossa participação no estado, nossa perspectiva é de termos em torno de 33 candidaturas a prefeito e 1.300 candidatos a vereador. É importante destacar, também, que estou no PPS desde sua fundação, em 1992. Enquanto muitos fazem dos partidos políticos trampolim para interesses pessoais, eu, modestamente, contribuo para tornar o meu partido um instrumento de mobilização, organização e representação da cidadania.

Como o sr. avalia as pré-candidaturas já colocadas na disputa eleitoral, em Maceió, em meio ao clamor da sociedade brasileira por mudanças na maneira de fazer política?

Regis - É importante desde logo afirmar que a verdadeira mudança começa onde as pessoas vivem, estudam e trabalham, ou seja, nas cidades. Sem uma administração inclusiva, transparente e eficiente, sem compromisso com uma gestão que tenha o longo prazo como horizonte, e que atenda as demandas que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas, hoje, não teremos administrações capazes de ser espaço de participação efetiva da cidadania. Podemos dizer que essa é a realidade de Maceió ou de nossas cidades no estado? Os candidatos que temos até agora, todos já foram prefeitos. E todos fizeram mais do mesmo. O espaço da cidadania não foi ampliado, por exemplo, muito menos a capacidade de tornar a administração um sujeito ativo no processo de transformação da condição de vida das pessoas.

Nosso desafio é termos gestões que tornem as cidades espaços de participação democrática, pois o cidadão é antes de tudo um contribuinte. E seu dinheiro, fruto do suor de seu trabalho tem que ter a melhor destinação possível!

-Há espaço na condução do Poder Executivo municipal para se construir uma gestão de coalizão?

Regis- A melhor administração de uma cidade é a que representa a melhor coalizão de forças políticas, chancelada pelo voto popular. O prefeito não administra sozinho uma cidade. Necessita do apoio da Câmara de Vereadores, bem como das forças vivas da sociedade em suas múltiplas representações. Penso coalizão não um conluio de interesses espúrios, mas efetiva participação organizada da sociedade e de seus representantes nos destinos da cidade.

- O sr. já foi candidato a prefeito de Maceió, e até chegou a disputar o segundo turno na capital. Como ex-deputado federal, ex-secretário municipal e de estado o sr. avalia os resultados da gestão tucana na capital?

Regis - O maior problema da atual administração é que ela chega ao fim sem que se possa reconhecer nenhum projeto efetivo de futuro para a capital do estado. Qualquer que seja o critério que adotemos, todas as políticas públicas foram clientelistas e comprometidas com o imediato, sem resolvê-los a médio prazo. Veja-se o problema da saúde pública, do sistema de educação ou da segurança, por exemplo. Que futuro pode ter uma cidade que mantém mais de 80 mil analfabetos, sem falar dos analfabetos funcionais?

Uma administração não sobrevive sem planejamento estratégico, nem a efetiva participação dos elementos relevantes da sociedade. Sem saber como efetivamente intervir nos seus problemas, as administrações patinam na mesmice. O atual governo municipal, por não ter uma ação estratégica, concorre para transformar Maceió, em uma "miserópolis", que cresce desordenadamente sem rumo e sem futuro.

A falta de planejamento compromete o futuro, como se observa no Vale do Catolé, onde conjuntos habitacionais foram implantados sem nenhum cuidado com a infraestrutura e o meio ambiente. Sem saneamento básico e drenagem de águas pluviais estamos condenando o rio Catolé, cantado em prosa e verso, tem seu futuro sombrio. Sem falar da ausência de equipamentos urbanos que atendam verdadeiramente à população que para lá foi despejada. Imagine uma cidade com a vocação turística que temos que conviver com rios de esgoto em nossas praias? Estamos dessa forma contribuindo para aniquilar uma importante fonte de renda de toda a sociedade.

- Quais são as propostas que o PPS pretende apresentar a sociedade maceioense durante as discussões políticas sobre a sucessão de Rui Palmeira? O que precisa mudar para que a realidade da capital seja diferente?

Regis - A primeira coisa que deve mudar é o alheamento das pessoas diante dos problemas que vivem, em seu dia a dia. Enquanto tivermos uma sociedade acomodada, descrente ou indiferente aos problemas que a cidade enfrenta, nada vai mudar! Como é possível aceitar passivamente as condições em que se encontra o Mercado da Produção, por exemplo, cada dia mais degradado, prejudicando os feirantes e os consumidores? O que desejamos é que a cidadania, no discurso da campanha, compreenda que é sua postura, seu envolvimento com os problemas, sua ação propositiva é o elemento que modificará todo o quadro de dificuldades que enfrentamos. Sem a participação ativa da cidadania nada será transformado verdadeiramente. É isso que precisa mudar para que possamos viver em uma cidade que possamos sentir orgulho!

 - O sr. já foi secretário de estado e teve vivência na gestão pública. Quais são os gargalos da gestão pública? Há uma crise de governança que também contamina a gestão municipal?

Regis - Comecemos pelo "gargalo". O mais importante e impactante é o velho e mofado patrimonialismo - mas ainda muito ativo em nossa cidade - de considerar privado o que é coisa pública. Daí deriva-se para o mandonismo filho dileto das oligarquias. De outro lado, o apelo sempre presente ao populismo, recurso presente aos que se consideram "iluminados por Deus", na administração da cidade.

Vivemos no país o esgotamento de um modelo de gestão fundado na corrupção pura e simples, que culminará com o impeachment da presidente Dilma. Esse modelo é o mesmo usado na maioria de nossas grandes cidades, com suas licitações de cartas marcadas, de conluio de interesses privados intermediados por agentes públicos, que tornam as administrações antros de criminosos que assaltam e desviam o dinheiro público. Essa "forma petista de governar" chegou ao fim com as manifestações da sociedade. Resta agora torná-la efetiva em nossa cidade, com uma gestão inclusiva, transparente e eficiente.

Sem compromisso com a mudança na forma de governar, não chegaremos a lugar nenhum! E isso é tanto dever dos funcionários públicos quanto da cidadania que usam os serviços prestados pelo Município.

- A expansão urbana do Litoral Norte de Maceió cria reflexos que já mobilizam integrantes do Ministério Público Federal. Como o gestor municipal deveria tratar essa questão ambiental?

Regis -  A expansão urbana é um fato dos tempos que vivemos. No entanto o que está acontecendo no Litoral Norte de Maceió é um crime! Iniciada na administração passada e acelerada na atual. É o que falamos a pouco da ausência de "Planejamento Estratégico", onde o longo prazo é o elemento crucial para o desenvolvimento da cidade. O traçado urbanístico do Litoral Norte, com suas ruas estreitas, edificações que sacrificam a orla, tornar-se-á, daqui a pouco, um gargalo onde o fluxo de carros e transporte urbano inviabilizará qualquer processo racional de ocupação e desenvolvimento urbano. Quem pagará o preço desse processo irracional em busca de lucro fácil será as futuras gerações.

- Se eleito for, qual será a prioridade da gestão Regis Cavalcante em Maceió? Problemas sociais continuam sendo uma realidade para grande parte da população pobre da capital. O que pode ser feito para mudar essa realidade?

Regis -  A prioridade é dotar a capital de um sistema de saneamento urbano que garanta que nossas praias não se transformem em uma cloaca de dejetos! Sem esquecer a Lagoa Mundaú, cercada por um rosário de favelas que degradam as pessoas que ali moram. A par disso, é dever do Estado oferecer o melhor sistema de saúde pública, sistema de educação e segurança para que os moradores da cidade possam sentir, em seu dia a dia, que são cidadãos e respeitados como tal pela administração. Só poderemos enfrentar os problemas sociais se formos capazes de oferecer um ambiente sustentável de produção. Se é o trabalho o que produz a riqueza, há que ter trabalho para que essa riqueza possa ser produzida, e que as pessoas possam ter condições de viver com dignidade. Não é de "Bolsa-Família" que precisamos, pois isso só faz perpetuar a pobreza. Precisamos é de criar oportunidades de trabalho, para que as pessoas tenham acesso a renda, fruto de seu esforço. Não é o "Estado provedor" que precisamos, mas o Estado eficiente. Capaz de oferecer serviços de qualidade, governar com a cidadania e ter olhos para as futuras gerações. É isso o que pensamos, e o que estamos dispostos a fazer, se assim entender nosso povo.

- Como o sr. analisa este novo momento político no País, com a admissibilidade do processo de impeachment da Dilma Rousseff e o governo Temer?

Regis - A histórica decisão do Senado Federal, e o consequente afastamento da presidente do cargo por até 180 dias, coloca ponto final no governo mais corrupto que a República já conheceu e inaugura um novo momento da vida nacional. Após 13 anos de desmantelo e irresponsabilidade, o ciclo de poder do lulopetismo chega ao fim, de forma democrática e constitucional, e o país tem a oportunidade de construir um novo caminho para superar a grave crise econômica que enfrenta, a maior da nossa história. Defendo que o Senado não pode esperar seis meses para julgar a presidente afastada, sob pena de fazer o pais sangrar ainda mais em meio à recessão da economia, com mais de 11 milhões de desempregados, inflação galopante, endividamento crescente das famílias e uma total incerteza sobre o futuro, especialmente entre os mais pobres. As forças políticas que votaram pelo afastamento de Dilma e levaram ao fim a gestão lulopetista têm agora a responsabilidade histórica de apoiar o governo de transição, ao contrário do que que fez o PT com Itamar Franco em 1992, após ter participado ativamente do impeachment de Collor. Sou de opinião que é hora de virar a página e recuperar o país, tão castigado nos últimos 13 anos.

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