A greve dos agentes penitenciários permanece por tempo indeterminado, mesmo após o Tribunal de Justiça declarar ilegal a paralisação, determinando o retorno imediato às atividades. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Kleyton Anderson, disse, na tarde desta terça-feira (17), que a categoria ainda não havia sido notificada oficialmente da decisão judicial, mas que assembleia agendada para a próxima quinta-feira (19), no Sistema Prisional, vai definir os rumos do movimento.
Segundo o presidente do Sindapen, o governo estadual não aceitou a proposta cujo principal item é a implantação de piso salarial de R$ 4 mil. Os agentes também reivindicam a realização de concurso público, além do pagamento de adicional de insalubridade a todos os agentes.
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"Vamos aguardar a notificação judicial. Nosso setor jurídico vai analisá-la, mas, a princípio, a greve está mantida. Na assembleia, debateremos questões relativas à greve, além de outras demandas", declarou.
A paralisação teve início no último dia 14, quando os agentes suspenderem 70% das atividades, mantendo apenas parte dos serviços. Revoltados por não terem recebido familiares em dia de visita, os presos recolhidos na Casa de Custódia, mais conhecida como Cadeião, chegaram a se rebelar no último sábado, ateando fogo em roupas e colchões. Ninguém ficou ferido
Para contornar a situação, agentes penitenciários foram acionados à ocorrência, fazendo uso de armas não letais. Já no Presídio Feminino Santa Luzia, as presas também iniciaram um tumulto, e pelo mesmo motivo. Contudo, neste caso, os agentes agiram rápido e conseguiram acalmar as reeducandas.