Por unanimidade, os desembargadores que integram a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) de Alagoas negaram o pedido de habeas corpus em favor do corretor de imóveis Agnaldo Lopes de Vasconcelos, que confessou ter atirado e matado o capitão da Polícia Militar Rodrigo Moreira Rodrigues, no dia 9 de abril deste ano, no bairro de Santa Amélia, em Maceió. O julgamento do apelo judicial aconteceu na manhã desta quarta-feira (01).
O advogado Lutero Gomes Beleza, que defende o suspeito, argumentou que Agnaldo não representaria risco algum para a sociedade se estivesse solto. "O paciente não tem necessidade de permanecer preso preventivamente e agiu naquele dia devido a uma postura atípica da guarnição", argumenta.
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O Ministério Público Estadual (MPE) estava representado pelo procurador de justiça Antônio Arecippo. O relator do pedido era o desembargador Otávio Leão Praxedes, que já havia negado a solicitação em caráter de liminar.
Reprodução
A reconstituição do crime ainda está pendente de ser marcada. Tanto a Delegacia de Homicídios, responsável pela investigação, com a Perícia Oficial, não confirmam quando a reprodução simulada vai ser feita. O promotor criminal José Antônio Malta Marques informou que a produção dessa prova depende apenas do Instituto de Criminalística (IC), que, de acordo com informações extraoficiais, não teria pessoal suficiente para tal procedimento.

O capitão Rodrigues foi atingido por um tiro no pescoço durante uma abordagem no Jardim Petrópolis II, no bairro de Santa Amélia. A guarnição da Radiopatrulha, comandada por ele, rastreava pelo GPS um aparelho celular que havia sido roubado. Os militares bateram na casa errada e a prova disso é a prisão dos suspeitos em um imóvel em frente à casa de Agnaldo.
A defesa alega que Agnaldo pensou que estava sendo assaltado e atirou por não ter reconhecido que se tratava de uma abordagem policial. O suspeito foi preso, horas depois do crime, na casa da namorada, na mesma região, e confessou o homicídio.