O Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), vai investigar o médico otorrinolaringologista que emitiu um atestado para o deputado Marquinhos Madeira (PMDB), em 2012, concedendo a ele 130 dias de afastamento para tratar um problema de saúde. Na manhã desta quarta-feira (15), a polícia civil cumpriu um mandado de busca e apreensão no gabinete do parlamentar.
De acordo com o presidente do Cremal, médico Fernando Pedrosa, será instalada uma sindicância para averiguar o fato. No documento, Marquinhos Madeira estaria sendo afastado para tratar de labirintite. No entanto, durante o período de licença, o deputado participou de um rali, na cidade de Maragogi.
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"Nós iremos solicitar da justiça uma cópia doatestado para que possamos identificar o médico. Se for constatado algum indício de falsidade no documento, o profissional poderá ser processado e sofrer algumas punições, que vão desde uma advertência até a cassação dos direitos de atuar como médico", explicou o Pedrosa.
O presidente Fernando Pedrosa contou que nos casos específicos de atestados emitidos para deputados existe um problema grave. "Quem homologa o atestado é a mesa diretora daAssembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Isso é um absurdo. Eles são deputados e não médicos. Este tipo de documento deve ser apreciado pelo corpo médico da Assembleia", reclama.
