Com a crescente onda de assaltos e explosões a bancos, o Sindicato dos Bancários de Alagoas se reúne nesta quinta-feira (14) com o secretário de Segurança Pública, coronel Lima Júnior, para debater o assunto. Apenas neste ano, foram 26 ataques a agências no Estado.
Segundo o presidente do sindicato, Jairo França, o número compreende o período de janeiro a julho de 2016 - até a última explosão -, um crescimento de 60% com relação ao ano passado. A maioria dos casos aconteceu no interior de Alagoas, onde o policiamento é menos ostensivo.
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Jairo diz que o objetivo do encontro é saber as ações da secretaria no combate a esse tipo de crime. "Vamos debater esses assaltos que vêm acontecendo e ver o que tem sido feito, além de discutir também a responsabilidade dos bancos e como nós bancários podemos contribuir para a diminuição disso".
O presidente do sindicato ressalta que o crescimento é expressivo em época de eleições, mas afirma que não há como comprovar a ligação. "É um aumento muito grande no número de ataques e não sabemos dizer a que isso se deve. Existe uma coincidência muito grande com o período eleitoral, mas não temos comprovação".
Quadrilha presa

Na última terça-feira (12), a Secretaria de Estado da Segurança Pública apresentou quatro suspeitos de assalto a agências bancárias no interior. O bando foi preso no fim de semana, após a polícia descobrir que mais um banco seria roubado, provavelmente na cidade Monteirópolis. Outros dois já tinham sido capturados na semana passada.
Agora, foram presos os irmãos Antônio Semeão, Dayane Semeão e Paulo Vitor Semeão, além de David Belizário. A quadrilha seria responsável por ataques a bancos nas cidades de Monteirópolis, Jacaré dos Homens e Pão de Açúcar.
A polícia chegou até eles por meio de Paulo Vitor, que foi visto em dois veículos que foram queimados após assaltos a caixas eletrônicos. Ele estava em um Uno Vivace branco e em uma Pajero, ambos encontrados destruídos no município de Pão de Açúcar.
A origem dos explosivos utilizados para cometer os crimes em Alagoas ainda está sendo investigada pela Polícia Civil. É provável, segundo as forças polícias, que o responsável por levar os artefatos até as quadrilhas também esteja envolvido nos assaltos.