Morreu, nesta quarta-feira (20), o jornalista e radialista Carlos Miranda, de 51 anos. Ele lutava há cerca de três anos contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e não resistiu a uma parada cardíaca.
A morte foi confirmada pelo filho de Carlos Miranda, Keyner Alcântara, nesta manhã.
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"É com muita dor e alívio ao mesmo tempo que comunico o falecimento do meu pai. Houve uma parada cardíaca no fim da madrugada e ele não resistiu", informou o filho do radialista.
O velório de Carlos Miranda acontece no Cemitério Parque das Flores, na parte alta de Maceió. O sepultamento será realizado nesta quinta-feira (21), às 10h, no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, no bairro do Prado.
CAMPANHA
Neste ano, jornalistas se reuniram e organizaram dois bazares para arrecadar fundos para o tratamento de Carlos Miranda, nos quais são comercializados livros, CDs, DVDs, roupas e calçados em bom estado de conservação.
CARREIRA
Carlos Miranda foi diagnosticado portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A página "Força Miranda", também na mesma rede social, mostrou a luta diária do jornalista, além de ter reunido amigos e familiares.
Miranda chegou a Maceió, em 1986, onde trabalhou no Jornal de Alagoas e, quatro anos depois, retornou ao seu estado para trabalhar numa agência de publicidade. Em 1992, Carlos Miranda voltou a Alagoas, onde foi repórter e apresentador nas rádios do Grupo GB de Comunicação, Maceió FM, Imperial AM, Cultura de Arapiraca, Progresso, Milênio, Difusora, Gazeta, Correio e CBN.
Também fez trabalhos de produção para a televisão da produtora Unifilme, como produtor e roteirista. Nos anos de 2012 e 2013, foi comentarista do SporTV para jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol.
SAUDADES
Bastante consternado com a notícia do falecimento, o colega de trabalho e amigo de Miranda, locutor Rogério Costa, comentou sobre a pessoa de Carlos e a garra na luta contra a doença.
"É como se eu estivesse perdendo um irmão que meu pai sacramentou. Todos nós gozávamos do olhar de Carlos Miranda. Ele tinha um olhar especial e era recíproco com todos nós. Que a força esteja com você e que leve as melhores recordações com a certeza de que vamos nos reencontrar. Perdoe nossos erros. Tinha que ser no dia do amigo, mas a vida segue", disse Rogério.
Para o radialista Warner Oliveira, a amizade construída foi de grande valia porque Miranda era "companheiro para todas as horas". "Muito determinado, um homem crítico e disposto a compartilhar a informação, e não, guardar para si. Era um apaixonado pelo futebol, mais especificamente pelo Atlético Mineiro, e por Rádio", disse Warner.
O radialista Odivar Santos também falou sobre o colega de trabalho. "Estive na Unimed há pouco tempo, quando tirei a última foto com ele, junto com nosso motorista Fabão. Ele, lúcido, ainda deu aquele sorriso de sempre. Mas, Deus sabe o que faz".