Teddy Riner tem uma relação mais do que especial com o Brasil. Em 2007, o judoca conquistou seu primeiro título mundial no Rio de Janeiro, repetindo o feito em 2013, até faturar o ouro olímpico na Rio 2016, na categoria dos pesados. Acostumado com os torcedores brasileiros, o francês, em entrevista ao SporTV comentou as vaias do público nos Jogos, que tem incomodado alguns atletas, como por exemplo seu compatriota Renaud Lavillenie, no salto com vara. O lutador, que venceu o brasileiro Rafael Silva nas quartas de final e foi vaiado, vê esse excesso de empolgação da torcida como natural.
"Eu amo o público brasileiro. Eu amo faz tempo. Tive a minha primeira medalha em 2007 (Mundial), e tive mais uma em 2013 (Mundial), as duas aqui no Brasil e sempre me apoiaram. Em 2013 foi contra o Rafael Silva e senti que estavam me vaiando. Quando o enfrentei de novo na Olimpíada fui vaiado, mas é algo normal. Eles querem ver o atleta deles vencer. O que aconteceu no Brasil, aconteceria em qualquer lugar. Sempre tem um ganhador e um perdedor e o público vai responder a isso. Na questão do Renaud, existe um silêncio na hora da prova, mas você tem que saber responder ao público. O Renaud ficou chocado, mas depois pediu desculpas. Ele tem que pensar positivo porque ganhou uma medalha de prata. Eu estou 100% com ele e felicito o atleta brasileiro porque foi campeão", disse o judoca.
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Com a impressionante marca de 112 lutas de invencibilidade na carreira, Riner não gosta de pensar no fim do seu reinado. Ao ser perguntado quando algum rival teria alguma chance de derrotá-lo, o francês manteve a humildade e reforçou sua mentalidade vitoriosa.
"Eu não tenho essa resposta. Ainda não sei, de verdade. Eu só preciso entrar no tatame para competir. Cada competição começa do zero, mas não gosto de perder, é claro, e não vou deixar que eles me ganhem", afirmou.

Até dominar o judô mundial, Teddy Riner via sua categoria dos pesados ser praticamente de atletas com excesso de peso. No entanto, mudou essa visão com um físico mais atlético e veloz. O atleta disse que precisava de um diferencial para conquistar títulos e se colocar acima dos adversários.
"Quando cheguei no nível alto, eu precisava de uma novidade e que precisasse fazer a diferença para ganhar títulos. Eu preciso me movimentar, estar atlético, ser rápido, atacar rápido e ser preciso. Era importante ter uma condição que pudesse combater os adversários", finalizou.