A Justiça de Ribeirão Preto (SP) revogou nesta quarta-feira (28) a liberdade provisória do técnico em Tecnologia da Informação Guilherme Longo, acusado de matar o enteado Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, em novembro de 2013.
Longo foi libertado em fevereiro deste ano após obter um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Ele estava preso desde a morte do menino e foi levado a Penitenciária de Tremembé (SP).
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O padrasto é acusado de matar a criança com uma alta dosagem de insulina e jogar o corpo em um córrego. Joaquim foi achado morto no Rio Pardo, em Barretos (SP), cinco dias após sumir da casa da família em Ribeirão Preto.
A mãe de Joaquim, Natália Ponte, também é apontada como responsável pela morte do filho. Ela chegou a ser presa, mas segue em liberdade desde que conseguiu um habeas corpus, no fim de 2013.
Foragido
Segundo o Ministério Público, Guilherme Longo está desaparecido desde quinta-feira (22). Em condicional, ele não poderia se afastar do endereço depois das 22h, nem aos finais de semana, sem autorização judicial. No sábado (24), os pais dele confirmaram que não sabiam do paradeiro do filho, mas informaram que Longo deixou uma carta em que parecia se despedir.
No início desta semana, o promotor Marcus Túlio Nicolino foi até a casa da família no Jardim Independência e não encontrou ninguém no local para apurar o sumiço de Longo. Ele foi acompanhado de policiais militares. Os agentes voltaram ao local durante a noite de segunda-feira (26) e de novo não o encontraram.
Diante da falta de informações, Longo foi considerado foragido e a Promotoria pediu a revogação da liberdade dele, o que foi aceito nesta quarta-feira. Com isso, o padrasto de Joaquim deverá ser preso novamente.
Relembre o caso
Guilherme Longo foi indiciado por homicídio triplamente qualificado depois que o corpo de Joaquim foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou ausência de água no organismo, o que descartou a suspeita de afogamento, mas não identificou outras substâncias.
Segundo a acusação, Joaquim, que era diabético, foi morto com uma alta dose de insulina aplicada por Longo. Na época, um cão farejador da Polícia Militar chegou a apontar o caminho que o padrasto fez com o menino até o córrego próximo a casa onde eles viviam.
A mãe do menino, Natália Ponte, é acusada por ter sido omissa em relação à segurança do filho, por saber que Longo era agressivo e havia voltado a usar drogas.
As testemunhas do caso já foram ouvidas pela Justiça e o casal aguarda o julgamento.