A Samsung suspendeu a produção do telefone Galaxy Note 7, informou nesta segunda-feira (10) a agência sul-coreana de notícias Yonhap, citando como fonte uma fornecedora da emprea.
Fabricante número um de smartphones no mundo, a Samsung enfrenta tempos difíceis desde que, em 2 de setembro, semanas após o lançamento antecipado do Galaxy Note 7, teve de suspender as vendas do "phablet" (híbrido de smartphone e tablet) e convocar um recall de 2,5 milhões de unidades vendidas em 10 países. O motivo era que as baterias podiam explodir.
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A decisão de suspender temporariamente a produção foi tomada em coordenação com as autoridades de proteção ao consumidor da Coreia do Sul, Estados Unidos e China, informou a fonte, que pediu anonimato, à agência.
Neste domingo (9), AT&T; e T-Mobile anunciaram a interrupção das vendas do Galaxy Note 7, à espera de investigações adicionais.
"Estamos tentando ajustar os volumes de produção para melhorar o controle de qualidade e permitir investigações mais profundas após as crescentes explosões do Galaxy Note 7", afirmou o grupo em um comunicado.
As imagens de telefones carbonizados inundaram as redes sociais de todo o mundo nas últimas semanas. Os incidentes com aparelhos que já haviam sido substituídos agravaram ainda mais a situação da Samsung.
A crise ocorre num momento que não podia ser pior. Após os anos excepcionais de 2012 e 2013, a Samsung começou a sofrer com o avanço da Apple e dos grupos chineses.
O grupo sul-coreano contava com este smartphone para sustentar seu crescimento até o fim do ano, em um mercado cada vez mais competitivo. Os analistas consideram que o custo deste recall pode chegar a US$ 2 bilhões.
"É novamente algo muito grave", declarou S.R. Kwon, analista da Dongbu Securities. "Podem chegar a retirar o Note 7 do mercado. O mais inquietante é que as coisas não parariam por aí."
"Isso vai danificar a imagem de marca da Samsung e penalizará as vendas de outros smartphones Galaxy", previu.