O contraste entre o piche preto do asfalto e as areias da praia do bairro Guarani, em Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, surpreendeu os veranistas na manhã desta sexta-feira (30). Um caminhão da prefeitura do município construiu uma espécie de passarela de asfalto ligando a orla até a beira da praia para atender ao pedido de moradores, que queriam acesso mais fácil dos cadeirantes ao mar.
Segundo o major Rodrigo Gonçalves dos Santos, comandante do 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, como a obra não tinha licença para ser realizada foi registrada ocorrência policial, e o secretário de Obras e Saneamento assinou termo circunstanciado por crime ambiental.
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"Toda intervenção mínima que seja feita na faixa de praia não pode ser realizada sem o licenciamento ambiental. Nesse caso, foi feito um trilho de asfalto para acesso de cadeirantes até a beira da praia. O pedido da população é legítimo, o problema é ter sido feito sem licença. O mais importante é frisar que, independente do material utilizado, a licença é indispensável".
Em nota, a Prefeitura de Capão da Canoa e a Secretaria de Obras e Saneamento dizem que a obra não foi proveniente de ordem da Adminsitração Municipal, e sim de um equívoco de um funcionário. Imediatamente após ser autuada, a prefeitura providenciou a retirada do material da areia. Um processo interno deve ser aberto pela prefeitura para apurar o caso.
Leia na íntegra a nota de esclarecimento divulgada pela prefeitura:
"Conforme informações da Secretaria de Obras e Saneamento, a passarela em asfalto feita à beira mar no bairro Guarani para acesso de cadeirantes não foi proveniente de ordem da Administração Municipal, e sim um equívoco de algum funcionário.
Segundo relatos, uma moça cadeirante que estava no local, juntamente com seus familiares, pediu a um funcionário da prefeitura que trabalhava no espaço fazer um acesso até a praia para cadeirantes. Ele, equivocadamente, atendeu ao pedido e foi além.
A Prefeitura Municipal já retirou o material e está tomando as devidas providências, abrindo uma sindicância para apurar o caso e punir os responsáveis"