O jovem que confessou ter matado o cabeleireiro Cícero Alvandir De Morais, de 53 anos, em setembro do ano passado, foi encontrado morto boiando nas águas da Lagoa Mundaú, na manhã desta sexta-feira (17). Pescadores localizaram o corpo e chamaram a polícia. Emerson Douglas Silva Gatto tinha 18 anos e passou 45 dias preso pela morte do profissional. Em novembro, ganhou a liberdade.
Segundo os militares do 1º Batalhão, o corpo está com perfurações na altura do rosto, ou de instrumento pontiagudo ou até mesmo de tiro.
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De acordo com a família, Emerson estava desaparecido desde a última terça-feira. Ele estava esperando ser chamado novamente pela justiça para continuar respondendo pelo homicídio. O pai disse que eles moravam Trapiche da Barra, mas que o filho sempre costumava sair de casa e passar alguns dias fora.
"Ele saiu na terça e não voltou, mas como costumava passar alguns dias assim, não estranhamos muito. Ontem, minha filha recebeu uma ligação de um corpo boiando na lagoa, mas não era nada. Dessa vez foi verdade", revelou José Edilson Gatto, pai do rapaz. Ele confirmou que o filho era usuário de drogas, fumava maconha, mas não traficava.
Policiais militares do 1º Batalhão foram acionados para verificar o achado. O corpo do jovem foi retirado da lagoa por militares do Corpo de Bombeiros no começo da manhã. Funcionários do Instituto Médico Legal (IML) foram chamados para o recolhimento.
De acordo com José Edilson, a família não tem ideia de quem poderia ter praticado o crime contra Emerson. "Ele confessou a morte do cabeleireiro e disse que fez sozinho, sem a ajuda de ninguém. Não desconfio de ninguém, porque ele não tinha inimigos. Quem tinha raiva dele era só a família desse rapaz que ele matou", comentou o pai.
Emerson confessou ter matado o cabeleireiro sob a alegação de não ter recebido R$ 200 do programa que teria sido contratado pela vítima. Ele disse que houve uma discussão e esfaqueou De Morais até a morte.