Um casal de Ribeirão Preto (SP) ainda tenta voltar ao Brasil, uma semana depois da nevasca que provocou o fechamento do aeroporto de Bariloche, na Argentina. Apesar de os voos terem sido retomados no último domingo (16), ainda há registro de atrasos.
Ao Jornal da EPTV, a companhia Aerolíneas Argentinas informou que não é possível programar voos extras para atender os passageiros, mas vai reembolsar todos os afetados pelo incidente como uma medida especial.
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Já a Latam informou que está fazendo o possível para reacomodar os passageiros e, com a melhora do clima, as operações estão sendo retomadas gradualmente.
"Nós passamos a noite de segunda para terça-feira dentro do aeroporto, sem calefação, um frio, 24 graus negativos foi a informação que tivemos. Pessoas dormindo no chão, em cima das cadeiras em algumas das cafeterias", conta o advogado Hugo Arcaro.
Ele e a mulher estavam em lua de mel em Bariloche desde a semana passada e deveriam ter retornado a Ribeirão Preto na segunda-feira (17). Devido à nevasca, o casal só conseguiu embarcar para Buenos Aires nesta quarta (19) e a previsão é de chegar ao Brasil só no sábado (22).
"A cidade virou um caos e, por consequência, muitos voos foram cancelados. Muita gente, desde sexta-feira, não conseguiu ainda embarcar para Buenos Aires, ou mesmo diretamente para São Paulo, ou para suas cidades de destino", afirmou Arcaro.

A imprensa local noticiou que, durante o último final de semana, as temperaturas chegaram ao recorde histórico de -25,4ºC na cidade argentina, popular destino de inverno entre os turistas brasileiros.
Proprietária da agência que programou a viagem do casal ribeirão-pretano, Ingrid Azenha dos Santos disse que providenciou um hotel para que Arcaro e a mulher ficassem hospedados entre terça (18) e quarta-feira, quando conseguiram seguir para Buenos Aires.
Ingrid contou que seis ônibus também foram fretados para levar parte dos passageiros de Bariloche a Buenos Aires: viagem que dura cerca de 20 horas. Ainda segundo a empresária, o seguro não oferece cobertura em caso de problemas meteorológicos.
"Eventos da natureza, o seguro não cobra, afinal, não tem como prever quando vai ter um furacão, uma nevasca. O aeroporto foi fechado, virou um caos, ninguém chegava, ninguém saía. Paciência é tudo nesse momento, tem que se manter calmo para achar a melhor solução", disse.