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Bombeiros no Rio que 'vendiam' alvarás chamavam dinheiro de bebeto

Até mesmo nomeação de comandantes de unidades faria parte do esquema

Escutas telefônicas gravadas com autorização da Justiça mostram bombeiros presos na semana passada no Rio, acusados de "vender" alvarás em troca de propina, falando sobre o dinheiro arrecadado. A gravação foi obtida pelo Fantástico neste domingo (17).

Em um dos trechos, o interlocutor diz que "é muita grana". "Não dá para por isso na mão". Enquanto o outro responde: "Não vou ficar falando isso no telefone, vai lá no quartel".

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Em outras ocasiões, eles falavam em código. Chamavam dinheiro de bebeto e "dia" significava mil reais. Os militares pediam dinheiro vivo e recusavam o que chamavam de "brownie em folha", que significava pagamento em cheque.

- Você tá no quartel?

- Que que houve?

- O cara está com o dinheiro pra dar. pra poder fazer o negócio, tá com o dinheiro. (...) como que vou fazer? tu tem um número de uma conta?

- Pô cara, vai no quartel amanhã pra gente ver isso.

- Por que é o seguinte, é muita grana. Não dá pra por isso na mão... é muita grana

- Não vou ficar falando isso no telefone não Botelho, vai lá no quartel.

De acordo com a investigação, eles vendiam os alvarás de locais sem condições. De padarias a casas de show, passando por estádios de futebol.

Os bombeiros aparecem em primeiro lugar no ranking das instituições em que o brasileiro mais confia, de acordo com o Ibope.

"Nas investigações, foi identificado que muitos estabelecimentos, eles de fato tiveram a documentação do certificado de aprovação, sem cumprir as normas de segurança", diz a delgada Renata Araújo Braga.

De acordo com Moacyr Duarte, especialista em segurança, a venda de alvarás significa colocar a vida dos espectadores em risco.

"Quando você vende esse tipo de laudo, na verdade, o que está acontecendo: uma aposta com a vida das pessoas. Aspectos que seriam importantes por norma, que estivessem presentes num local, num estabelecimento comercial, que são simplesmente ignorados."

Estádio Giulite Coutinho

Um dos casos mais graves, segundo a investigação, foi a liberação de um estádio de futebol. O estádio Giulite Coutinho, em Mesquita, na Baixada Fluminense, é do América, mas foi usado também pelo fluminense em jogos do campeonato brasileiro do ano passado. Segundo as escutas telefônicas, os bombeiros liberaram o estádio mesmo sem todos os equipamentos de segurança obrigatórios.

Mas mesmo sem sinalização e iluminação de emergência o esquema da propina dos bombeiros funcionou e o estádio foi liberado. O América diz que na época a responsabilidade para a liberação foi do Fluminense.

O Fantástico procurou o antigo presidente do fluminense - Peter Siemsen - que comandava o clube no ano passado. Ele não quis comentar o assunto e, em nota, disse apenas que o fluminense investiu mais de 1 milhão de reais em melhorias no estádio.

Bombeiros negociavam nomeações

Até mesmo a nomeação para comandantes de unidade eram negociadas em esquemas ilegais. O requisito básico: a manutenção do esquema, como mostra um dos áudios.

- Vou ver um nome aqui e indico pro senhor.

- Tem que ser um cara malandro. Bom e malandro. Bom de trabalho e bom de malandro.

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