Dados divulgados nesta quinta-feira (21), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mostram que Alagoas lidera o ranking nacional de analfabetismo no ano de 2016. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) que mediu a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais anos de idade, o estado aparece com 19,4%. Em comparação com o ano anterior, houve uma pequena redução de apenas 0,6% em 2015.
A pesquisa mostra que a taxa alagoana está muito acima da média nacional, que registrou 7,2% de analfabetismo. A diferença fica ainda maior em comparação com outros estados, a exemplo do Distrito Federal, que registrou a menor taxa, com 2,6% de jovens analfabetos acima de 15 anos.
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A Região Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo (14,8%), cerca de quatro vezes mais que as taxas estimadas para as Regiões Sudeste (3,8%) e Sul (3,6%). Na Região Norte, essa taxa foi de 8,5% e, no Centro-Oeste, de 5,7%. Logo, a Meta 9 do PNE para 2015 só foi alcançada nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) afirmou que está combatendo o analfabetismo gradativamente e que os índices no estado vem caindo a cada ano.Confira a nota na íntegra:
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) está combatendo o analfabetismo em Alagoas e, gradativamente, reduzindo os índices negativos no estado, tendo em vista que no ano de 2012, o índice de analfabetismo era 21,8% dos habitantes com 15 anos ou mais, e em 2016, este número caiu para 19,4%.
Entre as iniciativas de redução adotadas pela Seduc está o Programa Uma Escola em Cada Esquina/Programa Brasil Alfabetizado (PBA), realizando o processo de alfabetização durante um curso de oito meses. Desde de 2015, mais de 10 mil pessoas concluíram este curso. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) também está sendo ampliada e cresceu de 18.713 matriculados em 2015, para 22.760, em 2016, só no Ensino Médio.
Brasil
No País, a taxa de analfabetismo para os homens de 15 anos ou mais de idade foi 7,4% e para as mulheres, 7,0%. A maior diferença entre homens e mulheres relativamente a esse indicador ocorreu na Região Nordeste (16,2% para homens e 13,4% para mulheres), e somente nas Regiões Sudeste e Sul essa taxa foi maior para as mulheres. Essas duas regiões contavam com as maiores proporções de mulheres de 60 anos ou mais de idade em sua população residente, o que pode estar relacionado ao predomínio das mulheres na proporção de analfabetos.
O Plano Nacional de Educação - PNE instituído pela Lei n.13.005, de 25.06.2014, faz projeções de diversas metas e estratégias que devem ser alcançadas em 10 anos. A Meta 9 do PNE, por exemplo, previu a redução da taxa de analfabetismo para 6,5%, em 2015, e a erradicação do analfabetismo ao final da vigência do Plano, em 2024.