Em compromisso de agenda política na manhã desta sexta-feira (29), no Benedito Bentes I, o governador do Estado, Renan Filho (PMDB), disse à imprensa que a ausência de votação do Orçamento pela Assembleia Legislativa (ALE) devido à falta de quórum, na reta final dos trabalhos do Legislativo, não preocupa o governo. Segundo ele, não faltou negociação com os membros do Parlamento alagoano.
Na visão de Renan Filho, a votação do Orçamento - nos últimos dias de trabalho na ALE - impediria outras deliberações, até porque o Legislativo entraria em recesso.
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"Não faltou negociação e este fato não preocupa o governo. Ontem eu estive até tarde conversando com os deputados. Está tudo bem. É que nós tivemos um volume de projetos muito grande ao final do ano e, nessa fila, cria alguma dificuldade de tramitação em comissões e aprovação em plenário. Também, se votar o Orçamento, não pode votar mais nada, porque a Assembleia entra em recesso. Então, os próprios deputados preferiram seguir trabalhando e, na semana que vem, mesmo em janeiro, nós teremos sessão na Assembleia Legislativa. Isso é muito interessante, porque demonstra o esforço coletivo", explicou Renan.
VOTAÇÃO ADIADA
A aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) do exercício financeiro de 2018 ficou para o ano que vem. O governador e o líder do governo na Assembleia Legislativa de Alagoas, deputado Ronaldo Medeiros (PMDB), não conseguiram construir o consenso entre os integrantes da bancada. Na sessão da tarde dessa quinta (28), apenas três deputados estiveram presentes.
O quórum inviabilizou a abertura dos trabalhos na Casa de Tavares Bastos, que seria de nove parlamentares. Como esta seria, em tese, a última sessão do ano, a votação da LOA deve mesmo ficar para o início de 2018, caso haja entendimento entre os deputados e o Executivo.
Os parlamentares apontam que o impasse da votação esbarra na previsão financeira e execução das emendas parlamentares para o ano de 2018. Eles querem que o governador assegure a execução dos valores que cada um pode destinar para os redutos eleitorais. Atualmente, cabe ao governador executar o montante dos valores para as emendas parlamentares.
ELEIÇÕES 2018
Questionado sobre as declarações dadas pelo prefeito Rui Palmeira (PSDB) de que começará a discutir os rumos das eleições a partir da próxima semana, o governador disse que "os outros grupos devem discutir política, mas sem esquecer o dever de casa".
Conforme alfinetou Renan Filho, o objetivo não é avaliar a candidatura dos outros, até porque "não é candidato ainda".
"Eu sou candidato a fazer a um 2018 melhor do que 15, 16 e 17. Tenho muito trabalho a fazer, e o que as pessoas mais se identificam com o meu governo é o trabalho, a dedicação. Eu vou deixar a política para a hora certa. Acho que os outros grupos que estão pensando em administrar o governo devem discutir política, mas eles não devem esquecer o que têm para fazer. Eu, mesmo, tenho muito a fazer e vou seguir trabalhando", expôs Renan Filho.