Peritos Oficiais dos Institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística (IC) - perito criminal, médico-legista e odontolegista - iniciam, nesta sexta-feira (23), a chamada operação padrão, que deve tornar mais lentos os serviços nos dois órgãos. Eles cobram uma resposta do Governo do Estado com relação às demandas apresentadas, como a implantação do Plano de Cargos e Carreiras.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais (Sinpoal), Paulo Rogério Ferreira, os trâmites da ação ainda serão definidos, mas o mais provável é que os laboratórios de IC e IML passem a funcionar com apenas 30% da capacidade. Inicialmente, apenas esses setores devem ser afetados.
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"Por enquanto, isso será feito apenas nesses setores internos. Acredito que devemos funcionar com 30%, até porque se formos nos apegar ao manual de práticas laboratoriais, vamos ter que cobrar o uso de Equipamentos de Proteção Individual, que não tem para todos e por vezes trabalhamos sem".
O presidente diz que, ao fim da operação padrão, as duas categorias pretendem fazer uma paralisação total de 24 horas. Segundo ele, o objetivo é pressionar o governo a dar uma resposta quanto às demandas, que incluem convocação da reserva técnica e implantação do PCC, que prevê melhorias salariais.
"A Secretaria de Planejamento não cumpriu com os prazos acordados com sindicato. O prazo para apresentação de uma contraproposta venceu no dia 9 de março e não houve manifestação. Continuamos as negociações e o governo disse que nos responderia ontem, mas passou o dia todo e não tivemos resposta", afirma Paulo.
Diante dessa situação, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) lamentou a decisão de deflagrar a operação padrão e disse que o canal de diálogo com o Governo do Estado permanece aberto.
Confira a nota na íntegra:
O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), tem procurado resolver todos os pleitos do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas, respeitando as possibilidades financeiras do Estado.
Além de lamentar a decisão para o início de uma operação padrão pela categoria e de esclarecer que a Mesa de Negociação continua sendo o canal de diálogo com os servidores públicos estaduais, a Seplag reforça que o Governo está aberto para receber e conversar com todas as partes que trabalham pelo bom andamento da máquina pública.