O mês de junho é um dos que mais registram casos de queimaduras, em razão das tradicionais festas em que são feitas fogueiras, cozimento de comidas típicas, além dos fogos de artifício. Para estimular a prevenção, profissionais do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Geral do Estado (HGE), especializado no tratamento às vítimas de média e alta complexidade, promovem uma ação no Shopping Pátio Maceió, no próximo dia 16.
Durante o evento, que ocorrerá das 9h às 12h, serão mostradas as medidas preventivas para evitar acidentes que possam resultar em queimaduras. Também serão ofertados serviços de saúde, como orientações nutricionais, aferição de pressão e teste de glicemia.
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"Vale acrescentar que 6 de junho é o Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras, o que reforça nossa vontade em disseminar mais informações que possam afastar o risco de acidentes. Isso porque as queimaduras causam sofrimentos, dores, preocupações e, em casos mais graves, podem levar ao óbito", salientou a supervisora médica do HGE, Janaína Gouveia.
Dados
Somente em 2017, o HGE registrou 631 atendimentos a vítimas de queimaduras. O destaque vai para os meses de férias escolares, como dezembro (87) e janeiro (68). O mês de junho é o quinto em que mais foi dada assistência a essas vítimas. No total, foram 48 casos, a mesma quantidade do mês de novembro.
Em 2016, o HGE registrou 612 casos de atendimentos a vítimas de queimaduras. Ou seja, no ano seguinte houve um aumento assistencial no HGE de pouco mais de 3%. Apesar o crescimento aparentar ser baixo, os prejuízos à saúde da vítima são grandes, assim como os investimentos no tratamento às sequelas e as perdas do trabalhador no mercado de trabalho.
Entre as causas mais recebidas no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) lideram os líquidos superaquecidos: eles dominaram 48% dos internamentos (128) e 58% dos atendimentos ambulatoriais (333) em 2017.
O contato com a chama direta está na segunda posição entre os acolhimentos mais feitos: 28% dos internamentos (73) e 13% dos atendimentos ambulatoriais (66) também em 2017. Os demais números englobam os acidentes com sólidos superaquecidos, explosivos, eletricidade e substâncias químicas.