A campanha para custear uma prótese para a soldado da Polícia Militar de Alagoas, Jaiane Rose Ribeiro, de 26 anos, foi retomada. A arrecadação, que teve início no mês passado, foi interrompida após a corporação garantir a compra da prótese, porém, até agora, nada foi definido.
A policial levou três tiros de espingarda no dia 25 de março deste ano, durante um assalto no município de Jundiá, interior de Pernambuco. Os assaltantes atiraram contra Jaiane após perceber que ela era policial. Ela perdeu dois dedos e parte da mão esquerda, e parcialmente três dedos da mão direita.
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"A corporação se dispôs a pagar, mas está em um processo lento, por isso resolvemos retomar a campanha. Desde que aconteceu, estou mal com isso. Tenho que enfaixar as mãos todos os dias", relatou a militar.
As próteses, que têm durabilidade de dois anos e meio, custam aproximadamente R$ 7 mil. Elas são feitas em São Paulo, o que ocasiona a necessidade de também custear passagem e hospedagem. Até o momento, a policial disse que foram arrecadados cerca de R$ 2 mil.
Conforme a Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros de Alagoas, Camilla Paiva, outra preocupação sobre o caso é não saber se a PM irá aposentar a soldado com salário integral, devido o crime não ter ocorrido durante o serviço. "Ela não estava trabalhando, mas atiraram nela após descobrir que era policial militar. Esse foi o motivo. Então também temos essa preocupação", disse.
O assalto
Segundo informações do Polícia Militar, Jaiane - que é lotada no 6º Batalhão da PM, em Maragogi, mas mora em Gameleira - tinha ido a Maceió com o marido para fazer a prova do concurso do Tribunal de Justiça.
Na viagem de volta, a caminhonete do casal foi fechada na estrada pelos criminosos, que ao verem seus documentos, descobriram se tratar de uma policial. Ela teria reagido e acabou levando três tiros: um no peito e dois nas mãos.
Doações
Caixa Econômica Federal
AG: 3695
OP: 001
CC: 20925-9