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Planetas que orbitam estrelas 'gêmeas' do Sol podem ter vida, apontam cientistas

A pesquisa sugere condições geológicas favoráveis para o surgimento e manutenção da vida em planetas rochosos que eventualmente orbitam esses astros

Imagem: A parte amarela é o manto, composto por rochas derretidas, e expelido por vulcões; a parte semicircular mais clara representa a convecção, movimento ascendente ou descendente de matéria num fluido (no caso o manto, ou magma) aquecido; as erupções vulcânicas liberam na atmosfera dióxido de carbono e metano, responsáveis pelo efeito estufa, que mantém a temperatura do planeta adequada à vida.

"Trata-se de um elemento instável, cujo decaimento radioativo (transformando-se em outro elemento - no caso, rádio - e liberando energia no processo), junto com o urânio (U) e o potássio (K), que tem fornecido e fornecerá para o interior da Terra por bilhões de anos metade da energia (a outra metade vem do resfriamento secular de todas as camadas internas do planeta) necessária para manter a convecção do manto e o tectonismo das placas continentais", explica Milone.

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Isso induz o ciclo de carbono, por meio da liberação de CO2 (dióxido de carbono) em grandes quantidades e metano (CH4) em bem menores, que tornam possível a estabilidade térmica na atmosfera do globo, dando condições naturais para o aparecimento e evolução da vida em escala de bilhões de anos.

"Portanto, as concentrações iniciais desses elementos num planeta rochoso contribuem de modo indireto para a habitabilidade em sua superfície, especialmente devido aos seus tempos longos de decaimento (escalas de bilhões de anos)", diz Milone.

As gêmeas solares estudadas pela equipe do Inpe têm diferentes idades bem determinadas desde 500 milhões a 8,6 bilhões de anos. "Por isso, podemos acompanhar a abundância do tório ao longo do tempo de evolução da Galáxia, como também em estrelas similares ao Sol", explica Milone.

"Outro trabalho, realizado por pesquisadores americanos, já havia observado que nosso astro é ligeiramente deficiente em tório em comparação com 13 gêmeas suas (sete em comum com nosso estudo), mostrando que tais astros, caso possuam planetas rochosos, proporcionariam reservatórios de energia interna a eles suficientes pra o surgimento da vida."

Em outras palavras, a pesquisa mostrou que há uma grande quantidade de energia disponível devido ao decaimento de tório para manter a convecção do manto e o tectonismo em potenciais planetas rochosos que possam existir em torno de gêmeas solares.

"O mais empolgante é que parece que esse elemento também é abundante em gêmeas solares velhas, significando que a Galáxia pode estar repleto de vida, tanto no espaço quanto no tempo", diz Botelho.

Além disso, de acordo com estimativas de Milone e de Jorge Luis Melendez Moreno, do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), da Universidade de São Paulo (USP), devem existir cerca de 100 milhões a 1 bilhão de estrelas relativamente parecidas ao Sol na Galáxia.

"Isso é apenas uma ordem de grandeza, baseado em uma extrapolação do que conhecemos a partir de estudos da vizinhança solar", ressalva Melandez.

Outra estimativa do grupo é de que cerca 5% das gêmeas solares poderiam ter sistemas planetários parecidos com o nosso (planetas rochosos relativamente próximos ao Sol e gigantes gasosos distantes).

"Assim, 'chutamos' que existam entre 5 milhões e 50 milhões de sistemas planetários similares ao solar na nossa galáxia", diz Milone. "Parece que não estamos sós nela e consequentemente no Universo. Contudo, é bom ressalvar que os resultados do nosso trabalho abrem apenas possibilidades para existência e manutenção da vida, e não detecção de vida extraterrestre em si."

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