Aconteceram novos confrontos entre a polícia e manifestantes em Kaserine, Tunísia, durante esta terça-feira (25). A manifestação ocorreu porque, um dia antes, um jornalista ateou fogo no próprio corpo para denunciar as difíceis condições de vida naquela região do centro-leste do país.
A polícia lançou gás lacrimogêneo para dispersar dezenas de manifestantes após confrontos em frente à sede do governo de Kaserine, localizada a 270 km da capital, e onde havia sido mobilizado um importante dispositivo de segurança.
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O jornalista Abdel Razzaq Zorgui, 32, morreu após atear fogo no próprio corpo, em um protesto contra a difícil situação econômica da região.
O drama provocou a ira dos habitantes daquela cidade. Dezenas de manifestantes queimaram pneus e bloquearam a rua principal do centro de Kaserine ontem à noite. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo.
Seis membros das forças de segurança ficaram levemente feridos e nove pessoas foram detidas, segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Sofiane al-Zaq.
Em comunicado, o sindicato nacional dos jornalistas, que confirmou a morte, declarou que o profissional planejava organizar uma greve geral no setor de imprensa.