Familiares das duas turistas que morreram em um acidente de catamarã na Praia de Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, procuraram, nesta quarta-feira (28), o Ministério Público. Eles cobram que os responsáveis pelo acidente sejam punidos.
A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou o marinheiro da embarcação por homicídio culposo. No entanto, na última terça-feira (27), o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) concedeu autorização para que cinco catamarãs façam os passeios às piscinas naturais de Maragogi.
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Os familiares e alguns sobreviventes do acidente alegam que não foram ouvidos pelo delegado do caso. O grupo, que é de Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza, começou a ser ouvido nessa terça pela Marinha do Brasil. Os depoimentos foram ouvidos na Capitania dos Portos, em Maceió.
Os turistas tentaram falar com o delegado do caso para ter acesso ao inquérito, que já foi concluído, mas não conseguiram. A promotora de Maragogi, Francisca Paula de Jesus, explicou que não teve acesso ao inquérito da polícia, mas os familiares entregaram um relatório com os depoimentos que foram colhidos na Capitania dos Portos de Alagoas.
"Nós vamos analisar tudo, todos os fatos, os depoimentos. Também vamos juntar aos autos o ofício da Capitania dos Portos, que fala sobre a embarcação que afundou, e as provas das filmagens e das fotos. A partir de tudo isso, o Ministério Público vai firmar o próprio convencimento. Não tem prazo determinado. Se, em 30 dias, nós terminarmos bem, a gente não prorroga mais, mas o que vale é chegar às verdades dos fatos", explicou a promotora.