O Conselho Estadual de Saúde de Alagoas cobrou do secretário de Saúde do governo Renan Filho, Alexandre Ayres, transparência sobre os recursos que são 'desviados' do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) para construção de hospitais no estado. O secretário também foi cobrado a dar transparência ao contrato de R$ 24 milhões para compra de próteses. A saúde foi tema de uma sessão na manhã desta segunda-feira (9), na Assembleia Legislativa.
O integrante do Conselho Estadual de Saúde, Cláudio Vital, destacou a importância de o governo Renan Filho dar transparência ao dinheiro que sai do Fecoep e é 'desviado' para os hospitais. Segundo Augustin, atualmente os conselheiros não têm ideia de como são empregados os valores, bem como qual é a destinação de cada centavo que deveria ser direcionado ao combate à pobreza.
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Sobre o contrato de R$ 24 milhões para próteses, Cláudio Vital, revelou que o montante gasto chamou atenção até mesmo da Procuradoria do Ministério da Saúde. "Enviaram um ofício para o conselho perguntando se sabíamos dessa compra e nunca obtivemos conhecimento disso", reagiu. Após ser alvo da cobrança pelo conselho, Ayres prometeu enviar os dados ao colegiado ainda esta semana.
"Esse recurso [Fecoep] é repassado pela Secretaria da Fazenda, entra no fundo e realizamos pagamentos", disse o secretário. "Ainda essa semana estaremos enviando o balancete dos repasses oficialmente para o Conselho e para a Comissão de Saúde da Assembleia", reforçou Alexandre.
Além dele, outros participantes da audiência pública, convocada pelo deputado Léo Loureiro, também estranharam a compra de R$ 20 milhões em próteses. "Durante muitos anos era uma prática recorrente na Sesau a compra de órteses e próteses, mas tomamos a decisão de interromper isso e fazer uma licitação. É a primeira vez que Alagoas vai comprar dessa maneira e isso vai trazer uma economia em grande escala, com esse recurso destinado a quem precisa", explicou ele.
Na audiência, foram apresentadas as contas da secretaria no último quadrimestre de 2018 e no primeiro de 2019. Os dados foram apresentados em um relatório para os deputados estaduais.