Um policial militar reformado, de 53 anos de idade, foragido da Justiça, foi preso nessa terça-feira (15), em uma residência no município de Satuba, após mandado relativo a um homicídio. Segundo a polícia, o militar ainda é autor de diversos assassinatos ocorridos em Maceió e em cidades da região metropolitana.
A operação foi deflagrada pela Assessoria Técnica de Inteligência da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), em parceria com a 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por meio da 2ª DHC.
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O militar reformado tinha mandado de prisão em aberto por homicídio, expedido pela 9ª Vara Criminal da Capital (tribunal do júri), em 18 de agosto deste ano.
De acordo com os delegados Gustavo Henrique (diretor da DEIC) e Bruno Emílio (titular da 2ª DHC), o preso é apontado como autor de diversos homicídios no bairro do Rio Novo, em Maceió, e entre as cidades de Satuba, Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco, na região metropolitana da capital alagoana.
"Segundo a investigação do homicídio, que foi presidida pela 2ª DHC, o PM e mais cinco indivíduos, todos integrantes de uma Organização Criminosa (ORCRIM) que comanda o tráfico de drogas na região, ceifaram a vida de Cliciano Pereira da Silva e tentaram contra a vida de outro homem, com a utilização de instrumentos pérfuro-cortantes e disparos de armas de fogo", revelou o delegado Gustavo Henrique.
Gustavo disse, ainda, que a motivação do crime teria sido vingança, decorrente do assassinato de Adevan Brandão da Costa, o qual teria sido praticado pelo genitor da vítima que morreu e irmão da vítima sobrevivente, pouco tempo antes.
"O policial militar em epígrafe, que foi preso por ter participado do delito em tela, possui extensa ficha criminal, possuindo antecedentes por porte ilegal de arma de fogo, tentativa de homicídio, o antigo crime de quadrilha e homicídio", frisou o diretor da DEIC.
O delegado Bruno Emílio, da 2ª DHC, ressaltou a importância da prisão, considerando que o crime foi praticado com requintes de crueldade, inclusive uma das vítimas teve a mão decepada, além do fato de o militar preso ter um histórico criminal extenso.
Após a prisão, o preso foi levado para a sede da DEIC, onde foi formalizado o cumprimento do mandado judicial e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça.