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Ação da PF desbarata quadrilha e expõe desrespeito contra os que sofrem no HGE

Demora para a realização do procedimento, falta de material e estrutura da unidade têm prejudicado a vida de pacientes do SUS

A operação Florence- Dama da Lâmpada, executada por órgãos federais, entre os quais a Polícia Federal (PF), há pouco mais de um mês, na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e que desbaratou uma quadrilha que desviava recursos na compra de materiais ortopédicos, expõe o desrespeito do governo Renan Filho (MDB) contra pacientes do setor de Ortopedia do Hospital Geral do Estado (HGE). Eles dependem de cirurgias e denunciam a demora para a realização do procedimento, além da falta de material e de deficiências na estrutura da unidade. Parentes do vice-governador, Luciano Barbosa, chegaram a ser presos na operação Florence. A polícia apontou que eles teriam papel de comando no esquema criminoso na pasta da Saúde.

No local, há idosos vítimas de fraturas que sofrem há aproximadamente um mês sem solução para os casos. Os problemas envolvem ainda falta de ar-condicionado, elevadores quebrados e, até mesmo, extintores para combate a incêndio. Os pacientes relatam que o atendimento no HGE entrou em colapso.

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A área da Saúde tem sido uma das mais problemáticas da gestão do governador Renan Filho (MDB) e que, inclusive, já foi alvo de três operações de órgãos como a PF e o Ministério Público Federal, que têm apontado a existência de esquemas criminosos e desvio de recursos públicos, envolvendo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau).

Os problemas relatados por familiares de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no HGE coincidem com a última operação na área, a Florence - Dama da Lâmpada, que levou à Justiça uma "quadrilha" envolvida no fornecimento de órtese, prótese e materiais especiais (OPME).

Segundo as acusações apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF), o grupo criminoso teria desviado aproximadamente R$ 30 milhões. Esses materiais são justamente os utilizados para a realização de cirurgias em pacientes ortopédicos.

A ação envolveu situações de fraudes e desvio de finalidade e recursos no HGE e, na Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, dois hospitais públicos ligados ao governo do Estado.

Em reportagem veiculada naTV Gazeta, nessa última quarta-feira (22), a trabalhadora autônoma Rosimeire Silva, que sofreu uma queda no banheiro da casa onde mora, em Maceió, e danificou o tendão da mão esquerda, no começo do mês, deu entrada no HGE e acabou transferida para outro hospital conveniado, o chamado leito de retaguarda, mas, até essa quinta-feira (23), permanecia sem realizar a cirurgia.

"O médico marcou e disse que não poderia fazer a cirurgia, porque estava faltando material", relatou a paciente, que disse sentir dores. Ela está sem conseguir mover dois dedos da mão atingida e, com isso, segue impedida de trabalhar.

"Por conta disso, meus netos e meus filhos ficam passando dificuldades", relatou. Sem solução para o problema, ela mesma decidiu assinar alta do hospital e voltar para a casa, sem conseguir realizar o procedimento.

No HGE, a acompanhante de uma paciente de 94 anos, identificada apenas por Ana, - ao fazer a denúncia, pediu para não ter o nome divulgado - mostrou vídeo da tia que quebrou o fêmur e permanece interna no local, há aproximadamente um mês, à espera de cirurgia. Ela também confirmou que o procedimento ainda não ocorreu por falta de material.

"O quadro dela está se agravando e ela já apresenta escara nas costas", lamentou. De acordo com Ana, a informação no HGE era de que a senhora precisava ser transferida para realizar a cirurgia em hospital na cidade de Coruripe.

Além de sofrer com a fratura e permanecer deitada todo o tempo na enfermaria do hospital, os idosos no local ainda sofrem com o calor, devido à falta de ar-condicionado, um problema que ocorre desde o ano passado e que, inclusive, chegou até mesmo a acontecer na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Quem acompanha os pacientes, como é o caso de Ana, os espaços cedidos são pequenos e algumas pessoas dormem em papelão, segundo ela, já que não é permitida a entrada de colchões.

Em outro vídeo mostrado na reportagem, outra senhora de 87 anos também aguardava há dias pela realização de cirurgia ortopédica.

Ao tomar conhecimento da situação, a defensora pública Manuela Carvalho informou que os pacientes à espera de procedimentos cirúrgicos, ou seus representantes, podem procurar o órgão com laudo das condições de saúde e o pedido de cirurgia, para que o órgão oficie ao HGE o cumprimento das medidas.

"Caso não consiga realizar a cirurgia, a Defensoria oficia ao HGE para que nos envie as informações necessárias e, a partir daí, a gente tenta uma resolução administrativa. Não sendo possível, a gente entra com processo judicial, para que aquela cirurgia seja garantida por ordem de um juiz", reforçou.

A defensora reconheceu a existência dos chamados leitos de retaguarda no HGE, que pode transferir pacientes para outros hospitais conveniados, mas ressaltou que nem sempre o atendimento tem acontecido.

"Há especificações que essas instituições não englobam, então realmente tem casos em que a gente precisa entrar na Justiça", acrescentou, referindo-se também a outros tipos de cirurgia, além de ortopédicas.

Ao ser procurada pela reportagem, a direção do HGE não quis se pronunciar e negou que estivesse faltando material para cirurgias no hospital. Afirmou que os casos citados seriam de menor complexidade e que, por isso, seria necessária a transferência dos pacientes, e que a demora para isso era problema dos hospitais conveniados.

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