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Secretária culpa professores por baixo engajamento de alunos em ensino on-line

Em vídeo obtido pelo Sinteal, Laura Souza diz que aprendizagem é segundo plano e ameaça demitir monitores

A secretária de Estado da Educação, Laura Souza, culpou os professores pela falta de engajamento dos alunos nas atividadeson-linedurante a pandemia do novo coronavírus. Ela ressaltou que, neste momento, o mais importante não é a aprendizagem, mas a participação dos estudantes na rotina virtual. A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas (Sinteal) reagiu com repúdio à declaração da gestora.

Em vídeo obtido pelo Sinteal, gravado a partir de uma reunião, ocorrida nessa quarta-feira (12), com a finalidade de ouvir os profissionais do magistério, a titular da pasta estadual deixou claro que seria dever moral dos educadores trazer os estudantes para a sala de aula virtual.

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Além de responsabilizar os professores, Laura Souza ainda ameaçou demitir os monitores contratados pela rede pública de ensino. Ela afirmou que, se não tem aluno, não tem aula e, se não tem aula, não tem como manter os contratos ativos. "Isto não é assédio moral nem ameaça, é lógica".

A presidente do Sinteal, Maria Consuelo Correia, afirmou que recebeu inúmeros áudios e vídeos desta reunião, realizada de maneira remota. "A secretária queria ouvir os professores, mas acabou escutando muito desabafo. Sabemos que não é como ela pensa. A culpa não é dos professores, mas é dever do Estado dar garantias para que o serviço alcance a população", ressaltou.

A vice-presidente do Sinteal, Célia Capistrano, compartilhou - nas redes sociais - o desabafo de uma professora da rede pública de ensino. O relato da educadora reproduz a angústia vivenciada por estes profissionais, durante o período de pandemia, além do esforço deles para conseguir cumprir o ofício.

"São cínicos, se fazem de doidos, é como se participar ou não de aulas online fosse uma simples escolha, uma simples questão de envolver os alunos... meus alunos estão em maioria desempregados, os que estão trabalhando tiveram que dobrar a carga horária para se manter no emprego, alguns tem 1 celular para uma família de 7 pessoas, algumas alunas o marido sai pra trabalhar e deixa ela sem o celular, alguns precisam na chuva encostar-se no muro do vizinho pra pegar a internet, outras só possuem dados de celular na primeira quinzena do mês, outros sequer possuem celular ou não tem um celular antigo que trava e não baixa nada. Mais uma vez nos culpam pela ausência do Estado, chega a dar náuseas (sic)", escreveu a professora.

Consuelo diz que, em um dos áudios que recebeu, um aluno de Educação de Jovens e Adultos (EJA) afirma que não tem como utilizar o pacote de dados do celular, que compra por R$ 50,00, para os estudos. "Isto mostra a dificuldade que os estudantes têm, e o Estado precisa arrumar uma solução", avalia.

O Sinteal vai participar de uma reunião, às 14h desta quinta-feira (13), com a secretária Laura Souza e outros representantes do poder público e da Saúde, para tratar do protocolo de retomada das aulas presenciais. Às 16h, a entidade marcou um encontro virtual com professores da rede estadual, a fim de discutir o cenário das aulas remotas.

Além disso, está elaborando um relatório com estas questões para ser apresentado ao promotor Lucas Carneiro, do Núcleo de Educação do Ministério Público Estadual (MPE).

Por meio da assessoria de comunicação, a Seduc lamentou o "recorte e compartilhamento de uma das falas da secretária", alegando que foi tirada de contexto e utilizada de má-fé.

Confira a nota:

"A Secretaria de Estado da Educação Alagoas (Seduc) reitera que, perante a situação de suspensão das atividades escolares presencias, se faz necessário a aplicação das atividades remotas na rede estadual de ensino. Sendo assim, o esforço deve ser feito por todos que fazem parte da educação estadual e da sociedade civil para acolher e manter o vínculo dos alunos com as unidades de ensino e professores, reduzindo a possibilidade de evasão e abandono escolar neste período, além de contribuir para manutenção e redução de impactos da aprendizagem.

A Seduc lamenta a atitude do recorte e compartilhamento de uma das falas da secretária da educação, professora Laura Souza, que foi tirada de contexto e utilizada de má-fé. O trecho do vídeo, com cerca de dois minutos, foi recortado de uma reunião virtual realizada com a participação de 250 professores da rede estadual e a secretária, que teve mais de duas horas de duração. Os encontros virtuais, já realizado com os alunos, e agora com os professores, tem como objetivo abrir o diálogo entre a Seduc, professores e alunos sobre o atual cenário da educação e os passos para retomada. O diálogo e a participação de todos neste momento é crucial".

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