O Santos divulgou nesta terça-feira, via Portal da Transparência, o relatório contábil do segundo trimestre de 2020. O clube registrou déficit de R$ 21,9 milhões de abril a junho.
Esse valor, somado ao déficit de R$ 19,7 milhões nos três primeiros meses do ano, resulta um prejuízo de R$ 41,6 milhões no primeiro semestre.
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- É notório que estamos vivendo um momento atípico que afetou toda a economia mundial e não está sendo diferente para os clubes de futebol. A paralisação dos campeonatos refletiu significativamente na redução das receitas bem como na redução de custos diretamente ligados às atividades relacionadas aos jogos - justifica o Santos no documento.
No relatório, o Santos lembra que não teve receitas com bilheterias no período de paralisação do futebol e prorrogou pagamentos em razão da pandemia do novo coronavírus para justificar a queda em "receitas recorrentes", 29,75% abaixo do previsto.
Os gastos com folha de pagamento, direitos de imagem e gratificações também ficaram longe do orçado. O Santos gastou R$ 34.001.258,00, 81,37% a mais do previsto. De janeiro a março, o clube já havia desembolsado R$ 48.599.481,00, totalizando R$ 82.600.739 no primeiro semestre.
Novamente, o Peixe alega que o orçamento sofreu alteração por "emenda substitutiva" sugerida pelo Conselho Fiscal e aprovada pelo Conselho Deliberativo, reduzindo em R$ 62 milhões a previsão de gastos.
O Santos também destaca no relatório que que teve superávit R$ 17,7 milhões em "contas extraordinárias", com negociações de jogadores, 0,79% acima do que o orçado para o período.
Vale lembrar que o presidente José Carlos Peres teve as contas de 2018 e 2019 reprovadas e pode ver um novo processo de impeachment ser aberto nos próximos dias. O mandato é válido até o fim deste ano.