Apesar de as infecções pelo novo coronavírus voltarem a aumentar na Alemanha, elevando os temores de uma segunda onda da doença no país, milhares de pessoas se reuniram em Berlim neste sábado (1) para protestar contra as restrições impostas pelo governo.
A multidão era formada por uma combinação de grupos de extrema direita, pessoas contrárias à vacinação, defensores de teorias da conspiração e outros descontentes com as medidas para conter a disseminação do vírus.
"Somos a segunda onda", gritavam alguns manifestantes, enquanto outros pregavam "resistência" e classificavam a pandemia como "a maior teoria da conspiração".
Manifestação contra as restrições do governo em meio à pandemia da Covid-19, em Berlim, na Alemanha, neste sábado (1) ? Foto: Reuters/Christian Mang
Manifestação contra as restrições do governo em meio à pandemia da Covid-19, em Berlim, na Alemanha, neste sábado (1) ? Foto: Reuters/Christian Mang
Alguns carregavam cartazes com dizeres como "corona: alarme falso"; "somos forçados a usar mordaças"; "defesas naturais ao invés de vacinas" e outros que pediam a reinstituição dos direitos fundamentais.
Segundo a polícia, em torno de 15 mil pessoas participaram do chamado "Dia da liberdade", número bem inferior ao de 500 mil anunciado pelos organizadores. Poucas máscaras forma vistas em meio aos grupos que caminhavam do portão de Brandemburgo até o parque Tiergarten.
O distanciamento de 1,5 metros, estabelecido pelas regras do governo federal, foi amplamente desrespeitado, apesar de policiais insistirem através de megafones para que as pessoas obedecessem a regra.
Pelo Twitter, a polícia de Berlim afirmou que abriu processos legais contra os organizadores do protesto, em razão da "desobediência às regras de higiene".
MUNDO
Em Berlim, milhares protestam contra restrições impostas pela Covid-19
Manifestantes ignoraram aumento das infecções por coronavírus e evitaram distanciamento

01/08/2020 às 0:19 • Atualizada em 19/01/2021 às 0:49 - há XX semanas