A Diabetes é uma doença metabólica crônica que tem atingido cada vez mais pessoas em todo o mundo, em especial no ocidente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com diabetes vem crescendo principalmente devido aos maus hábitos alimentares e rotina sedentária. 16 milhões de brasileiros sofrem de diabetes e a taxa de incidência da doença cresceu 61,8% nos últimos dez anos em todo o mundo, tornando-se uma epidemia global.
Leone Gonçalves, nutricionista e preparador físico, revela que sem a devida atenção com a alimentação, qualquer pessoa está sujeita ao diabetes.
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"A nutrição e a prática de atividades físicas cruciais em seu papel de prevenção a diabetes. O fato é que qualquer pessoa pode sofrer de Diabetes, no entanto a exposição a fatores de risco aumenta a probabilidade do seu aparecimento", defendeu o médico.
Leone diz ainda que muitos tem deixado de ter uma alimentação saudável, optando pelo fast food, refrigerantes por alimentos industrializados, que estão cada vez mais açucarados e processados, e isto tem aumentado a incidência da diabetes, assim como sobrepeso e obesidade, que também são fatores de risco.
Tipos de Diabetes
O especialista conta que existem tipos de diabetes: tipo I e II. E explica que a do tipo I, geralmente já diagnosticada desde a infância ou adolescência, está relacionada a uma insuficiência do pâncreas em produzir insulina, que é o hormônio que regula o aproveitamento do açúcar no organismo e consequentemente o nível de glicose na corrente sanguínea.
"Geralmente o diagnóstico é precoce, quer pelos sintomas, quer pelas análises de rotina. Já a Diabetes a tipo II, ocorre quando o organismo não consegue usar de forma adequada a insulina que produz. Assim, o nível de glicose no sangue se mantém sempre elevado. Este tipo de diabetes é desenvolvida na vida adulta e sempre por conta da má alimentação", explica.
Sendo a má alimentação a responsável pelo aparecimento da diabetes tipo II, o nutricionista recomenda alguns cuidados quanto a alimentação.
"Para prevenir o aparecimento da Diabetes tipo II, que costumam estar associada a pessoas com sobrepeso, o ideal é uma dieta de emagrecimento. Portanto, além de evitarem açúcares, também devem evitar alimentos gordurosos que promovem alterações nos níveis de colesterol e triglicérides", reforça.
Segundo o Leone, prevenir o diabetes ou controlá-lo é importante para evitar também outras complicações severas.
"Entre as complicações que podem surgir como consequência do diabetes estão a retinopatia, doença renal, amputações, infartos e derrames, que ainda são frequentes embora dados de mortalidade tenham apresentado discreta queda", conta.
Alimentação como aliada
Alguns hábitos alimentares podem ajudar no controle da glicemia e consequentemente previnem picos glicêmicos. "Sempre recomendo aos meus pacientes que, além de ingerir alimentos naturais e o menos açucarados possíveis, que façam várias refeições diárias para minimizar os picos glicêmicos (alta taxa de glicose no sangue ou baixa taxa), ajudando o organismo a fazer uma melhor gestão da produção de insulina".
Para aqueles que tem diabetes tipo I e precisam manter os níveis de glicose sob controle, Leone aponta que as restrições alimentares não são tão severas como muitos pressupõem, mas que é fundamental manter-se sempre em estado de atenção.
"No doente diabético, o controle da glicemia é fundamental para prevenir episódios de hiperglicemia e de hipoglicemia, por isso ele precisa de carboidratos integrais, como o amido da batata, do arroz e do feijão, que são digeridos mais lentamente pelo organismo, por isso liberam glicose em pequenas quantidades. A única restrição é para a ingestão de açúcares que são rapidamente absorvidos pelo organismo", ressaltou.
Leone aponta ainda que existem alguns alimentos que podem ser utilizados para melhorar o quadro de diabetes.

"Em geral alimentos ricos em fibras e proteínas (inhame, aipim, leguminosas, verduras, legumes, frutas, ovos e iogurtes naturais) e frutas com cascas, pois apresentam mais fibras. Todos estes ajudam a impedir a oscilação de taxas de glicose no sangue, que faz muito mal ao paciente", conclui.