A empresa proprietária do terreno na Zona Sul de São Paulo onde seis cachorros mataram um menino de 10 anos, no último dia 25, afirmou, por meio de nota, que não cria animais na área, que é protegida por segurança privada terceirizada.
A empresa Paratodos Construções Empreendimentos e Participações ainda não havia se manifestado. Neste sábado (28), disseram ainda que lamentam a fatalidade e que estão à disposição da polícia.
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"Os representantes da empresa Paratodos, proprietária do terreno, lamentam profundamente o ocorrido, considerado uma terrível fatalidade. Informam que a área, que é particular, é cercada por muro em todo seu perímetro, com reforço ainda de concertina com arame para evitar a entrada de pessoas no local. A empresa afirma que não cria animais no terreno, que é protegido por segurança privada terceirizada. Com pesar pelo fato ocorrido, coloca-se à disposição da polícia para prestar quaisquer esclarecimentos", diz a nota.
A Paratodos não informou ao G1 o nome da empresa de segurança terceirizada. A polícia investiga se os cachorros foram agressivos porque sofriam maus-tratos.
Luiz Fernando Teixeira de Santana, de 10 anos, morreu após ser atacado por seis cães dentro do terreno da empresa de ônibus inativa na Rua Manoel Soares de Oliveira, em Americanópolis.
Ele tentava pegar uma pipa quando foi atacado. No local funcionava uma garagem de ônibus que foi desativada há cerca de cinco anos e, segundo vizinhos, não há nenhuma placa avisando sobre os cães.
Antes de a polícia chegar, moradores tentaram, sem sucesso, afastar os cães com paus e pedras. Quando a polícia chegou, atirou para afastar os cães. Durante o atendimento à criança, os cachorros tentaram atacar novamente e os policiais atiraram. Dois animais foram sacrificados e um terceiro ficou ferido. Três ficaram acuados no canil dentro do imóvel.
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O delegado responsável pelo caso pediu para a Prefeitura e para o e cartório documentos que comprovem de quem era o terreno. As informações devem chegar até 2 de janeiro.
A polícia também pediu à Divisão de Vigilância de Zoonoses um laudo sobre o estado em que estavam os cães que fizeram o ataque, se eles sofriam maus tratos e se havia um omissão nos cuidados. Esse laudo só deve chegar em janeiro.