O prefeito de Maceió, Rui Palmeira, decretou luto oficial de três dias pela morte de seu pai, o ex-governador e ministro aposentado do Tribunal de Contas da União (TCU), Guilherme Palmeira. O político, aos 81 anos, foi vítima de complicações de um câncer no pâncreas e não resistiu. O luto de três dias foi estabelecido por meio do Decreto nº 8.875, publicado no Diário Oficial do Município (DOM) desta terça-feira (5).
Guilherme Gracindo Soares Palmeira foi prefeito de Maceió entre 1989 e 1990, senador por Alagoas (1983-1988, 1991-1999) e governador (1979-1982). No seu governo, nomeou Fernando Collor como prefeito de Maceió, no início da trajetória que levaria o atual senador a ser eleito presidente da República num espaço de 10 anos.
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A morte do ex-governador foi lamentada por diversos políticos, como o senador Fernando Collor (Pros), o governador de Alagoas Renan Filho (MDB), o ex-governador Teotônio Vilela, dentre outros.
O colunista de política da Gazeta de Alagoas, José Elias, destacou que Guilherme Palmeira chegou perto do consenso: segundo ele, o único de Alagoas que recebe homenagens de todos os segmentos.
"Juntou, no mesmo barco, por onde passou, com carimbo de autoridade, governo e oposição, direta e esquerda. Viveu a política boêmia, onde se trabalhava e, ao mesmo tempo, se divertia em Brasília. Sempre ao lado dos amigos, entre eles Suruagy, Nelson Costa, Collor, Antonio Ferreira. Detestava fuxico, odiava ciúme, condenava bajulação e ajudava a quem precisava. Governador nota 10, senador reconhecido, ele encerrou como ministro do TCU", relembrou, em entrevista ao jornal.