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Promotora leva relatos de estupro a julgamento de Weinstein

Dia foi marcado pelas declarações de abertura da acusação e da defesa do poderoso produtor de cinema, acusado de estupro e de abuso sexual

A Promotoria abriu sua acusação no julgamento de Harvey Weinstein em Nova York, nesta quarta-feira (22), com descrições de alguns de seus supostos ataques sexuais contra mulheres desde os anos 1990.

Segundo os promotores, o produtor de cinema é um predador sexual "especialista" que abusou de sua influência como todo-poderoso de Hollywood para abusar de atrizes, modelos e funcionárias.

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A defesa insistiu que, após os supostos crimes, Weinstein manteve uma relação de amizade com suas acusadoras.

O empresário sacudia a cabeça de um lado para o outro e fazia anotações para seus advogados enquanto a promotora de Nova York, Meghan Hast, apresentava-o ao júri como um valentão de 136 kg que estuprou, humilhou e manipulou várias mulheres, deixando-as traumatizadas por anos.

"Vai ficar claro, neste julgamento, que o acusado sabia que estava abusando de pessoas indefesas e inocentes", disse Hast ao júri, destacando que muitas de suas vítimas cresceram em lares problemáticos.

"Não sabiam que estavam caindo em sua armadilha, sob falsas pretensões. Achavam que tinham conseguido um grande papel. (Weinstein) Era a velhinha na casa de doces que atrai as crianças", acrescentou.

A promotora disse que Weinstein deixou sua acusadora, Mimi Haleyi, uma ex-assistente de produção, jogada no chão "imóvel, como um peixe morto", após atacá-la com violência em seu apartamento de Nova York em julho de 2006.

Ela acusou Weinstein de tratar a atriz Jessica Mann, que garante ter sido estuprada pelo acusado em um quarto de hotel em Nova York em março de 2013, como "uma boneca de pano".

Weinstein, de 67 anos, pai de cinco filhos e divorciado duas vezes, pode ser condenado a uma pena máxima de prisão perpétua se for considerado culpado de abuso sexual predatório contra Haleyi e Mann.

O caso é emblemático para o movimento #MeToo, e começa a ser julgado dois anos depois do surgimento do escândalo que incriminou-o e derrubou dezenas de homens poderosos acusados de abusos sexuais.

Desde 2017 mais de 80 mulheres, incluindo muitas atrizes famosas, acusaram Weinstein de conduta sexual inapropriada.

Weinstein, que reformulou a cena do cinema independente com filmes como "O Paciente Inglês" e "Shakespeare Apaixonado", nega as acusações e afirma que os encontros sexuais que teve foram consensuais.

A defesa

O advogado de defesa, Demon Cheronis, disse que as alegações iniciais da Promotoria eram falsas e que eles têm centenas de e-mails entre Jessica Mann e o acusado provando que mantinham "uma relação carinhosa".

Ele disse que Mann descreveu Weinstein como "seu namorado ocasional" em 2014, um ano após o suposto estupro. Também mostrou que a atriz mandou uma mensagem a Weinstein com a frase "te amo, grandão!", e outra que diz "obrigada por seu apoio incondicional e sua amabilidade".

De acordo com Cheronis, as acusadoras de Weinstein se deram bem com ele até o movimento #MeToo ganhar força, em 2017, e o produtor se tornar uma persona non grata.

Ambas partes buscam convencer o júri, composto por cinco mulheres e sete homens, que devem chegar a um veredito unânime - se o acusado é culpado ou inocente das acusações.

Após uma seleção tensa, que durou duas semanas, a defesa conseguiu manter fora do júri jovens brancas - consideradas mais favoráveis ao movimento #MeToo.

Não se espera que Weinstein deponha em seu processo, que deve terminar por volta de 6 de março.

O produtor chegou à corte caminhando com dificuldade, mas sem o andador que utilizou nas últimas audiências após sua recente cirurgia nas costas.

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