A duplicação da AL-101 Norte - que se arrasta há quatro anos, num trecho de seis quilômetros, -, vias esburacadas, falta de água, de saneamento básico, de informações turísticas e insegurança são alguns dos problemas que ameaçam os polos turísticos do Litoral Norte de Alagoas. A maioria das oito cidades foi invadida por turistas e mais que duplicou a população nesta temporada de verão.
Prefeitos, empresários do turismo e nativos cobram as promessas que o governador Renan Filho (MDB) teria garantido com obras de infraestrutura básica. A maioria das promessas não saiu do papel. As principais cobranças são a duplicação da AL-101 Norte, construção de acostamentos na AL-105 - a via de Milagres -, melhorias no abastecimento de água, no saneamento e na segurança pública.
Leia também
O principal polo turístico da região, o município de Maragogi, distante 128 quilômetros de Maceió, está com as lotações esgotadas nos mais de 4.500 leitos dos resorts e hotéis quatro e três estrelas.
Até o início de fevereiro, é difícil encontrar vagas. Isto acontece também nos mais de 100 imóveis disponíveis para aluguéis temporários em regiões badaladas. O desemprego chegou próximo a zero. "Só não trabalha em Maragogi quem não quer", disse um dos empresários do turismo, que também cobra melhorias na infraestrutura da cidade e confirmou o prefeito Fernando Sérgio Lira (PP).
A população de 32.704, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais que dobrou. De acordo com os cálculos dos empresários dos hotéis, bares, restaurantes, e da Prefeitura, mais de 60 mil turistas que não param de chegar de diversas partes do Brasil e exterior ocupam todos os espaços disponíveis. As vias urbanas estão intransitáveis por conta do grande volume de veículos.