Juízes da 17ª Vara Criminal autorizaram a realização de perícia em celulares, notebooks, pendrives e outros eletrônicos que pertencem aos policiais militares presos em janeiro, na operação Expurgo, acusados de liderar e participar de organização criminosa que ficou conhecida com o "bonde dos tenentes". Os militares são acusados, entre outros crimes, de tortura, estupro e homicídios.
Na decisão publicada no Diário da Justiça desta terça-feira (5), os magistrados afirmam que a finalidade da perícia é a extração e sistematização de dados armazenados nos dispositivos. A perícia deve ser realizada por servidor lotado na Secretaria de Operações Integradas (SEOPI) do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os juízes autorizaram também o compartilhamento dos dados obtidos com a Diretoria de Inteligência do órgão.
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Na solicitação da perícia, é pontuado na decisão que o detalhamento das ligações discadas, tentadas, recebidas, bem como o detalhamento de mensagens de texto enviadas e recebidas, seja via SMS ou mesmo WhatsApp ou qualquer outro aplicativo de comunicação que utilize dados de internet, trará subsídios no sentido de detectar a provável comunhão de esforços entre os representados para a prática dos crimes.
Material apreendido
Apontado como Líder do grupo criminoso, o 2° tenente Tiago da Silva Duarte teve 4 celulares apreendidos, um cartão de memória de 4GB, um pen drive 8GB, uma gaveta externa para HD e HD externo de 1TB de armazenamento.
Já o 1º tenente Wellington Aureliano da Silva teve 3 celulares apreendidos, que serão periciados, e pen drives em quantidade não especificada.
Cláudio Ramon de Moura Costa terá 3 celulares periciados e Denis Novais dos Reis Silva terá um aparelho periciado.