Na quinta-feira (31), um grupo de cientistas anunciou que duas novas espécies de lagartixas no arquipélago das Galápagos, no Equador, foram identificadas. A autoridade desta reserva natural localizada a 1.000 km da costa equatoriana.
"Identificaram duas novas espécies de lagartixas em dois vulcões da ilha Isabela", indicou em um comunicado o Parque Nacional Galápagos (PNG), entidade científica que protege as ilhas, conhecidas como "encantadas" por sua flora e fauna únicas no mundo.
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As duas espécies de pequenos lagartos foram descobertas especialmente na ilha Isabela. O exemplar nomeado 'Phyllodactylus andysabini' foi encontrado na base do vulcão Wolf. Já o 'Phyllodactylus simpsoni' foi achado no vulcão Darwin, mas a espécie se espalhou por toda a ilha e alcançou a vizinha Fernandina, acrescentou a fonte.
Segundo informação oficial, quem descobriu os espécimes foi um grupo de cientistas das organizações conservacionistas Tropical Herping (TH), Galapagos Conservancy, de origem americana, e da Direção do Parque Nacional de Galápagos.
Os resultados desta pesquisa, assim como a descrição de outras 56 espécies de répteis endêmicos desta região insular equatoriana, vão constar do livro "Répteis de Galápagos", que será lançado na sexta-feira na ilha Santa Cruz.
Genética para definir nova espécie
Os estudos, baseados em dados genéticos, permitiram determinar que eram novas classes e "explicam como as espécies colonizaram cada ilha, há quanto tempo e quão relacionadas estão entre elas", expressou Lucas Bustamante, coautor do estudo e pertencente à Tropical Herping.
"É certamente o arquipélago mais estudado em todo o mundo, mas continua surpreendendo com novas descobertas a cada dia", expressou Jorge Carrión, diretor do PNG.
Galápagos, assim chamada pelas tartarugas gigantes do Pacífico equatoriano que vivem ali, é parte da reserva da biosfera e serviu ao naturalista inglês Charles Darwin para desenvolver a teoria da evolução das espécies.