Os agentes penitenciários seguem com a paralisação de alguns serviços dentro do sistema prisional de Alagoas por tempo indeterminado. Mesmo após duas reuniões - uma com o Gabinete Civil e outra com Secretaria do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas (Seplag) -, pouco se avançou na discussão com o governo Renan Filho (MDB).
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen), Petrônio Lima, afirmou àGazetawebque o movimento continua até que as pautas sejam atendidas. Dentre as demandas da categoria destaca-se a realização de concurso público, renovação da bolsa qualificação e a implantação do auxílio alimentação. "Queremos que eles arrumem uma forma de melhorar o efetivo diário dos agentes", afirmou Lima.
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Após a assembleia que decidiu por paralisar as atividades, apenas os serviços de preenchimentos de postos operacionais, destranca e tranca de toda a população carcerária, distribuição rotineira de alimentos, atendimento para advogados e atendimento de toda a demanda do poder judiciário estão sendo realizados.
Um protesto realizado por parentes dos reeducandos nessa terça-feira cobrou do governo uma solução para a situação dos agentes penitenciários. Desde a paralisação, as visitas e entrega de feira estão suspensas em todas as unidades prisionais do estado. Além disso, a saída de presos para a escola, trabalho e para programas ressocializadores estão sem acontecer.
De acordo com o sindicato, o agente trabalha com o efetivo bastante reduzido, arriscando a vida todos os dias, em prol da manutenção da Justiça, mesmo diante da total ausência de condições de trabalho. "Tudo que se tratar de aglomeração de pessoas nós suspendemos", destaca o presidente do Sindapen.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Seplag e aguarda um posicionamento da pasta acerca do problema.