A Polícia Civil confirmou, durante entrevista coletiva, que quatro pessoas foram presas, nessa terça-feira (30), entre elas um policial militar e uma agente de polícia, por extorquir comerciantes da Feira do Rato, no bairro da Levada, em Maceió. O prejuízo estimado aos ambulantes chega perto de R$ 10 mil.
Foram presos Igor Felipe Silva dos Santos, de 30 anos, que confessou toda prática; a agente de polícia Laryssa Manuela Magalhães da Silva, de 32; o policial militar Carlos Alberto Tenório Cavalcante Filho, o "Vaqueirinho", de 28; e João Batista Moura, de 39, conhecido pelo apelido de "João da Deic". As prisões foram efetuadas na tarde dessa terça-feira (30).
Leia também
De acordo com o delegado Thiago Prado, Larissa já tinha sido policial militar durante 11 anos e era agente de polícia há 1 ano e meio. "Vaqueirinho" estava saindo do posto de trabalho (na Turma Recursal do Juizado Especial do Tribunal de Justiça), na Rodoviária de Maceió, quando foi abordado pelas equipes policiais.
O delegado informou, ainda, que, no momento em que o PM estava sendo preso, João Batista Moura, de 39 anos, conhecido pelo apelido de João da Deic, foi detido no município de Campo Alegre. Com ele, foi encontrada uma camisa da Polícia Civil. Ele se passava por agente da Deic e já gozava, inclusive, do prestígio onde morava.
"Nenhum policial militar ou civil age desta forma. Então, a população que foi vítima faça a denúncia porque essas situações serão apuradas e, se porventura, tem algum policial, eles também serão punidos", garantiu Thiago Prado.
Ele explicou que a polícia recebeu denúncia e vídeos da ação do bando. Naquele dia, foram subtraídas mercadorias, no caso objetos eletrônicos, e a quantia de R$ 3 mil de pelo menos um dos comerciantes, sob o pretexto de que aqueles produtos eram irregulares e sob a garantia de que os ambulantes não seriam levados para a delegacia. Desde então, a polícia trabalhava para identificar estas pessoas.
O delegado Fábio Costa informou, durante a coletiva, que a Polícia Civil está investigando outras práticas deste grupo criminoso e pediu à população que faça a denúncia por meio do Disque 181, da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). O sigilo da fonte é garantido. "Envergonhando as instituições porque eles passavam coletes, distintivos para outras pessoas que não faziam parte dessas instituições", afirmou a autoridade policial.