O prefeito Rui Palmeira comentou, na manhã desta segunda-feira (17), o fato de a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), conhecida atualmente como Serviço Geológico do Brasil (SGB), ter perfurado poços de exploração da Braskem em Maceió. O assunto foi tratado em uma matéria exclusiva daGazetano final de semana.
Para o gestor municipal, o fato não traz novidades. "Não muda nada. Temos aí a responsabilidade da Braskem. Por outro lado, a Agência Nacional de Mineração deveria fiscalizar", apontou ele, acrescentando, porém, que o governo federal também teria sua responsabilidade em casos do tipo.
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"Mas acho que, pelo que vem acontecendo em Minas Gerais, como em Mariana, Brumadinho e da outra barragem na eminência do rompimento, e o que aconteceu no bairro do Pinheiro, que foram mais de 40 anos de exploração, então a União também tem a sua parcela de culpa por não fiscalizar", disse Rui Palmeira.
Na edição deste final de semana, a Gazeta de Alagoas traz a informação de que a CPRM teve participação na perfuração da metade dos poços explorados pela Braskem na capital alagoana. De acordo com o órgão, a maioria dos 35 poços apresenta algum tipo de problema, como desmoronamento e envergamento por conta dos abalos sísmicos.
As deformidades nas minas de salmoura, que estão a mais de mil metros de profundidade, seriam as causas dos afundamentos e rachaduras em ruas e imóveis no Pinheiro, além dos outros problemas em Bebedouro e Mutange. Diante disso, mais de duas mil famílias foram retiradas de suas casas.
Segundo a reportagem, dos 35 poços explorados pela empresa em Maceió, a 17 tiveram envolvimento da CPRM na perfuração. Do total, quatro estão localizados no Pinheiro e outros 13 estão perto da encosta do Mutange e proximidades da Lagoa Mundaú. As informações foram confirmadas pela assessoria da Braskem.
O contrato firmado entre as duas partes reúne dados técnicos, como os nomes dos profissionais envolvidos, locais, condições do terreno e tipos de máquinas utilizadas durante o trabalho de perfuração dos poços.