Engenheiros indicados pelo Crea/AL [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas] e contratados pela Braskem iniciaram, na manhã desta quarta-feira (15), uma inspeção que deve alcançar 37 prédios e quatro escolas, entre estaduais e municipais, que ficam na região do Pinheiro.
A petroquímica tem o prazo de 45 dias para concluir e elaborar o laudo que será feito junto com os técnicos que irão atuar neste trabalho. O primeiro prédio visitado, nesta quarta, foi o bloco 7 (A e B), do conjunto Divaldo Suruagy, no Pinheiro. As atividades devem durar o dia inteiro.
Leia também
A análise tem o objetivo de verificar a situação de todo o prédio para avaliar os problemas individuais de cada unidade habitacional. Ao final do processo, os engenheiros vão emitir um laudo com recomendações a serem feitas. Esse documento tem o prazo de 45 dias para ser concluído.
"Vamos fazer inspeção na parte estrutural do prédio e indicar as recomendações que vão servir para a Braskem como uma orientação do que deve ser feito e até mesmo como uma análise complementar. O relatório vai ser adicionado à análise do solo, sobre as causas das fissuras e afundamento. Nós temos situações aqui em que um apartamento tem um problema e o vizinho tem outro. Essa variação, no nosso trabalho, nós vamos recomendar o que cada um necessita individualmente", disse o engenheiro civil responsável pela inspeção, Marcelo Melo.

Segundo ele, somente com a análise complementar é possível saber se há ou não algum tipo de reparação que pode ser feita para que os prédios possam ser novamente habitados. "Visualmente, não vejo o que dizer. Quem tem danos têm. Mas, dizer que ele pode ser recuperado, tem que ser feita sondagem, análise do solo, saber a gravidade. Tem uma série de outras análises para poder dizer se há condições de recuperar esses prédios ou não", completa.
O contrato firmado entre a Braskem e os engenheiros só prevê a inspeção em prédios do bairro e mais quatro escolas. Não há previsão para que o trabalho seja feito nas residências afetadas.
Oito engenheiros participam da força-tarefa para elaboração do laudo. "A intenção é ter um grupo de profissionais que tenha uma experiência nessa área para que a gente possa fazer análises e relatos com dados mais aprofundados. O prazo contratual é de 45 dias, mas nós vamos trabalhar para fazer isso em menos tempo, porque se houver necessidade de um retorno, a gente tem ainda um tempo para isso", finaliza.