Desde que foi escolhido pela Fifa para sediar a Copa do Mundo de 2022, o Qatar lida com denúncias envolvendo a compra de votos para vencer a disputa. Pouco tempo depois, quando as obras dos oito modernos estádios começaram, o tema sobre o trabalho escravo surgiu em veículos de imprensa espalhados pelo mundo e segue alvo de investigações através dos órgãos internacionais de fiscalização dos direitos humanos.
São mais de três anos para o primeiro Mundial do Oriente Médio -21 de novembro a 18 de dezembro de 2022-, mas o Qatar está cada vez mais no foco do universo esportivo. Falar sobre questões incômodas faz parte do dia a dia de quem se propôs a organizar a maior competição de futebol.
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No Qatar são milhares de operários estrangeiros trabalhando na construção dos estádios da Copa do Mundo. A maioria tem origem na Índia e em países menores da Ásia. Alguns relatórios apontaram condições desumanas para os trabalhadores e a fiscalização tem sido frequente sobre o tema.

Sobre as denúncias de compra de votos para vencer a disputa pela sede da Copa do Mundo contra Austrália, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, o porta-voz desafiou a encontrar provas de tal fato. O Qatar foi acusado pelos insatisfeitos adversários de depositar milhões de dólares em paraísos fiscais para receber a competição.
"Não estamos aí para essas declarações sobre compra de votos. Ninguém tem prova. Se acharem, estaremos prontos para apanhar. Mas dizem isso desde 2010. São nove anos falando e nada", disse Khalid Al-Naama.
A Copa do Mundo do Qatar terá oito estádios climatizados. Apenas nas obras das arenas e dos centros de treinamento, o investimento do país está na ordem dos US$ 7 bilhões (cerca de R$ 28 bilhões).