A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) confirmou na manhã desta quarta-feira (27) a abertura de processo administrativo para investigação a participação de auditores-fiscais em crimes de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Três servidores públicos e um empresário foram denunciados como integrantes de uma organização criminosa na operação Cavalo de Tróia, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) do Ministério Público Estadual (MP/AL).
"Quanto a operação Cavalo de Tróia, realizada nesta quarta-feira (27), a Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas reafirma seu compromisso com a ética apoiando o trabalho do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), do qual também faz parte e ressalta que todas as providências administrativas e legais já estão em andamento tanto na Sefaz/AL quanto na Justiça. Em relação aos envolvidos, todos passarão pelo devido processo legal, tendo direito ao contraditório e a ampla defesa", informou a Sefaz por meio da assessoria de comunicação da pasta.
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De acordo com o coordenador do Gaesf, promotor de justiça Cyro Blatter, os auditores-fiscais denunciados são José Vasconcellos Santos, Luiz Marcelo Duarte Maia e Marcos Antônio Rocha Barroso, que segundo ele foram novamente afastado das funções na secretaria. Conforme os investigadores, os três atuaram juntos ao empresário Wilson Bezerra Leite Júnior e juntos geraram um prejuízo de aproximadamente R$ 8 milhões aos cofres do tesouro estadual.
Além dos auditores-fiscais e o empresário, o promotor destacou que, com as investigações do Gaesf já foram denunciados na 17ª Vara Criminal outras 14 pessoas: José Vasconcellos Santos, Luiz Marcelo Duarte Maia e Marcos Antônio Rocha Barroso - todos auditores-fiscais de tributos da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) - Vitória Maria Buarque Santos (esposa de José Vasconcellos), Wilson Bezerra Leite Júnior (empresário), José Otacílio de Carvalho Silva e Márcio Almeida e Almeida (contadores) e Ianahiara Josie Camelo de Macena Januário, Paulo César Ferreira da Silva, Venino Pereira Souto Júnior, Érico Correa de Melo Filho, Regivaldo Alves da Silva, Zenildo Marques de Melo e Maurício Omena de Araújo, estes últimos considerados testas de ferro e laranjas.
Todos os réus são apontados por envolvimento em crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de bens e recebimento de propinas, conforme inquérito policial comandado pelo delegado Felipe Caldas, que atua no Gaesf. Vários agentes das polícias Civil e militar participaram das operações de busca e apreensão em busca de provas contra os acusados.