A Globo tem a difícil tarefa de relembrar os fatos mais importantes do ano na Retrospectiva 2020, que vai ao ar na emissora carioca na noite desta terça-feira (29/12). Pode parecer para alguns que poucas coisas aconteceram, mas o fato é que os últimos 12 meses entram para a história.
E todos esses acontecimentos serão mostrados pelas jornalistas Sandra Annenberg e Glória Maria, que são as apresentadoras do Globo Repórter e vão comandar o especial, que vai ao ar logo depois da novela A Força do Querer.
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Durante uma conversa com o jornal Extra, as duas falaram a respeito da Retrospectiva e aproveitaram o momento para dar algumas opiniões. Sandra, por exemplo, demonstrou incômodo com os governos que se mostraram negacionistas durante a pandemia do novo coronavírus.
"Ter que encarar, em meio a uma pandemia, governos negacionistas é inacreditável! Está aí, na nossa cara: vidas sendo perdidas aos milhares. Vai negar o que, exatamente? Outra coisa que me pegou foi ver nosso país tropical queimando. Agora, assistir ao discurso da Kamala, foi emocionante. Uma mulher negra e asiática no segundo papel mais importante do mundo! Estamos chegando lá, finalmente!"
Glória Maria sensibilizada
Por sua vez, Glória Maria acredita que 2020 foi um ano bastante controverso. Embora admita que a pandemia transformou os últimos meses em um verdadeiro pesadelo, ela tem uma comemoração pessoal: sua recuperação após a retirada de um tumor.
"Pelo lado da pandemia, foi terrível; por outro, pessoalmente maravilhoso, porque foi o ano da minha recuperação. Faz exatamente um ano que eu passei pela cirurgia para retirar o tumor do cérebro e estou feliz, inteira, trabalhando, recuperada. Eu tive a certeza de que a vida é aqui e agora".
Os movimentos raciais deixaram Glória sensibilizada. "Eles fizeram parte da minha adolescência com Angela Davis e os Panteras Negras, e agora minhas filhas acompanham; a eleição de Kamala Harris para a vice-presidência dos Estados Unidos; e a enorme quantidade de crianças mortas por bala perdida no Brasil", comenta.
Por fim, Sandra Annenberg diz que teve medo e refletiu muito. "Entendi o que era prioridade, o que podia ser postergado e o que não faz a menor diferença. As coisas tomaram outras dimensões, se realocaram. Acho que nunca olhei tanto para os outros com aquela sensação de "poderia ser comigo". Empatia é a palavra de 2020. Se a gente não cuidar da gente, não cuida do outro", encerrou.