Pescadores fizeram um protesto, na manhã deste domingo (26), na Lagoa Mundaú, em Marechal Deodoro, para cobrar mais segurança na navegação. Eles decidiram tomar esta atitude para evitar novos acidentes, como o registrado no dia 24 de fevereiro, envolvendo uma moto aquática, que deixou dois trabalhadores mortos e um ferido.
Os manifestantes perfilaram as embarcações em um trecho da laguna, impedindo, por alguns minutos, o trânsito na região. Eles também exibiram faixas e cartazes nos quais cobravam um trabalho seguro.
Rapidamente, o protesto ganhou as redes sociais e boa parte dos internautas apoiaram o ato, reafirmando que era necessária uma maior fiscalização do tráfego de veículos aquáticos na lagoa.
“Parabéns aos pescadores! Não podemos esquecer dos riscos que a imprudência também pode causar dentro das nossas lagoas, e não deixemos esquecer as vítimas que faleceram nessa terrível tragédia. Além de chamarmos atenção para uma aumento da fiscalização em nossa Lagoa Mundaú. O único sobrevivente dessa tragédia seu @bar.do.joel minha solidariedade e as famílias que perderam os seus entes”, escreveu o presidente do Instituto Mandaver, Carlos Jorge, ex-secretário de Assistência Social de Maceió.
Na colisão de um jet ski e um barco, ocorrida no mês passado, morreram os pescadores José Cícero dos Santos, de 47 anos, e Benedito dos Santos, de 58. Joel Sarmento, de 63 anos, ficou ferido e passou alguns dias internado no hospital. Em depoimento à polícia, ele revelou que o condutor da moto aquática, Lucas Teixeira, poderia ter evitado o acidente.

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O inquérito que investiga as circunstâncias do episódio foi prorrogado por mais 30 dias pela delegada Liana Franca, da Polícia Civil.
A razão para o adiamento, segundo a delegada, seria a realização de oitivas de testemunhas indicadas pela Marinha. Os novos depoimentos podem ajudar a esclarecer o que ocorreu no dia 24 de fevereiro.
Além disso, Franca aguarda a entrega do laudo elaborado pela Marinha, que realizou uma reprodução simulada no local onde ocorreu a colisão. Como informado anteriormente, o documento será anexado à investigação da Polícia Civil (PC) e deve ajudar a esclarecer a dinâmica do fato.
Segundo a polícia, o piloto da moto aquática não possui carteira de habilitação específica.