
A Câmara Municipal de Rio Largo suspendeu a sessão plenária que estava prevista para esta quinta-feira (3), em um ato oficial do presidente da Casa, vereador José Rogério Silva (PP). A decisão tem como justificativa a necessidade de “manter a ordem, a segurança e a integridade física dos vereadores, servidores e cidadãos presentes nas sessões legislativas.”
Em sua manifestação, o vereador José Rogério Silva destacou a responsabilidade da Câmara de assegurar um ambiente propício ao debate democrático e ao exercício das atividades parlamentares. A medida foi tomada em um contexto de alta tensão política, com a cidade imersa em uma crise institucional que envolve os mais altos escalões do Executivo municipal.
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A suspensão da sessão foi uma medida cautelar adotada devido ao clima de instabilidade política no município, o que, segundo o presidente da Câmara, poderia colocar em risco a segurança e o bom andamento dos trabalhos legislativos.
Rogério Silva sinalizou que há a intenção de retomar as atividades na quinta-feira da próxima semana (10 de abril), desde que as condições de segurança sejam garantidas.
O caso
A crise política em Rio Largo teve início com um episódio que gerou grande repercussão na cidade: o afastamento do prefeito Carlos (PP) e do vice-prefeito Peterson Henrique (PP) de seus cargos, em uma decisão da Mesa Diretora da Câmara Municipal. O afastamento, baseado em supostas cartas de renúncia que geraram controvérsias sobre sua autenticidade, motivou um recurso judicial por parte dos dois mandatários, que buscaram reverter a decisão.
O caso está atualmente sob análise do Poder Judiciário, o que agrava ainda mais o ambiente de tensões no município. O prefeito e o vice-prefeito, ao contestarem a decisão da Câmara, alegam que não renunciaram e que os documentos apresentados como prova de sua renúncia eram falsificados, o que resultou em uma disputa judicial que afeta diretamente a governabilidade de Rio Largo.
Além do embate entre o Executivo e o Legislativo, a cidade enfrenta uma série de questionamentos sobre a autenticidade dos documentos e a legalidade do processo de afastamento dos mandatos.